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Durante um debate sobre o futuro da matriz energética brasileira no Energyear Brasil 2025, ganhou relevância a importância da regulação e expansão do setor de armazenamento de energia no país. O diretor da Aneel, Ricardo Tili, abordou questões cruciais para o desenvolvimento sustentável, destacando desafios e oportunidades para a adoção de novas tecnologias e a criação de um mercado mais eficiente.

Tili enfatizou a necessidade de um marco regulatório moderno para o armazenamento de energia, considerando a crescente demanda por fontes renováveis. “A regulação precisa evoluir para permitir um ambiente competitivo e incentivar investimentos e a Aneel sempre atenta vem tentando se antever os problemas e colocar a regulação num ponto de vista mais moderno”, disse. Além disso, ele ressaltou que o setor elétrico brasileiro precisa acompanhar tendências internacionais, como ocorre nos Estados Unidos, onde há maior flexibilidade na legislação para novas tecnologias.

Outro ponto levantado por Tili foi com relação a viabilidade econômica do armazenamento de energia, especialmente no que se refere à remuneração das empresas que atuam nesse segmento. Ele citou um projeto recente que propôs um modelo de remuneração para serviços de armazenamento, destacando que essa estrutura pode ser essencial para garantir segurança energética e estabilidade da rede. “Precisamos começar a ver esse sistema aparecer com mais certeza no Brasil, o que já acontece em outros lugares do mundo”, ressaltou.

Tili também abordou a necessidade de investimentos em infraestrutura e pesquisa para que o Brasil possa avançar na implementação de sistemas de armazenamento eficientes. “Estamos falando de um setor estratégico, que pode trazer grandes benefícios para o país, desde a redução de custos até o aumento da confiabilidade do fornecimento de energia”, comentou.

Segundo Tili, a Aneel dividiu o assunto em três ciclos, sendo o primeiro onde foram realizadas as discussões iniciais com foco na caracterização e na definição dos serviços a serem prestados, no segundo ciclo serão abordadas as especificidades das usinas hidrelétricas reversíveis de ciclo aberto e no último serão discutidos tópicos mais complexos como a questão dos agregadores nos modelos computacionais e seus impactos, além da exploração de novos modelos de negócio como aplicação de armazenamento para a mitigação de curtailment e constrained-off das usinas de geração, bem como aprofundar definições estruturais sobre o empilhamento de receitas.

“No segundo ciclo, também será avaliado a possibilidade de desenvolvimento de sandbox regulatório e questão de interesse principalmente do cerceamento de receita necessário para realizar o armazenamento”, destacou Tili.

Por fim, o diretor da Aneel reforçou a importância do alinhamento entre setor privado, governo e órgãos reguladores para garantir que as mudanças na legislação incentivem a inovação e a competitividade no mercado de energia. A expectativa é que novas diretrizes sejam definidas ao longo do ano, promovendo um ambiente mais favorável para o crescimento do armazenamento de energia no Brasil.