Olá, esse é um conteúdo exclusivo destinado aos nossos assinantes
Cadastre-se GRATUITAMENTE ou faça seu LOGIN e tenha acesso:
Até 5 conteúdos
fechados por mês
Ficar por dentro dos cursos e
eventos do CanalEnergia
Receber nossas newsletters e
mantenha-se informado
sobre o setor de energia.
Notícias abertas CanalEnergia
ou
Já sou cadastrado,

O futuro almejado é o de uma rede elétrica inteligente, digitalizada e flexível, capaz de conectar todos de maneira fluida, sem limitações. Contudo, para que possamos alcançar esse cenário, é necessário enfrentar uma série de desafios, principalmente em um ambiente instável que exige investimentos urgentes. Para avançarmos em direção a esse futuro, é crucial adotar ações pragmáticas e estabelecer prioridades claras. E a definição dessas prioridades é essencial para dar o próximo passo e aproveitar as inovações tecnológicas que estão à disposição do mercado.

O gerente de planejamento e inteligência de mercado da Associação Brasileira de Energia Elétrica (Abradee), Lindemberg Reis, destacou durante o Energyear 2025, nesta quarta-feira, 05 de fevereiro, em São Paulo, que a segurança jurídica e as questões tributárias tem se mostrado cada vez mais relevante e, ao mesmo tempo, preocupante, especialmente com a reforma tributária que, ao simplificar os tributos com 500 artigos, acaba gerando incertezas. Segundo ele, esse é um ponto importante a ser considerado.

Já em relação à economia, ele acredita que muitos economistas compartilham da visão de que não podemos inverter a lógica da oferta e demanda. “Não se trata apenas de investir para expandir a oferta sem que haja um acompanhamento adequado da demanda. Se essa lógica for subvertida, podemos acabar com sistemas ampliados para atender à geração, mas sem a carga conectada ao ponto correspondente. Assim, a primeira premissa é que a oferta deve ser guiada pela demanda. Além disso, a rede deve suportar o que foi planejado, e qualquer aumento nos custos que não seja acompanhado pela demanda pode gerar distorções tarifárias, o que já observamos no setor. Um exemplo disso é o subsídio de R$ 12,5 bilhões concedido a fontes incentivadas, um benefício que foi estabelecido há mais de 20 anos e que hoje representa um desconto significativo na TUST e nas conexões de rede para novas centrais geradoras. Não podemos continuar subvertendo a lógica econômica em torno disso”, explicou.

Outro ponto que o executivo da Abradee destacou é que o regulador não pode criar barreiras regulatórias e nem impulsionar tecnologias de forma específica. “O papel do regulador é neutro, devendo acompanhar as inovações tecnológicas de maneira isonômica, sem ser uma barreira ao progresso. Isso é um dilema complexo, pois o regulador deve equilibrar a regulação sem inibir o avanço tecnológico”, destacou.

Um terceiro ponto destacado por Reis é a robustez institucional que deve ser preservada. Segundo ele, não podemos permitir que o Congresso interfira constantemente em questões que são de competência exclusiva do Ministério de Minas e Energia, pois isso gera insegurança institucional e enfraquece as instituições. “Esses três pilares são essenciais para garantir que a tecnologia continue a avançar de forma sustentada e que o setor elétrico não perca a estabilidade necessária para seu funcionamento adequado”, afirmou.