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A Governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, afirmou durante o Energyear 2025, realizado na quinta-feira, 06 de fevereiro, em São Paulo, que nos próximos dias deverá assinar um contrato com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para dar início a contratação de consultorias para dar andamento ao projeto do Porto Indústria Verde, que representa um investimento de R$ 5 bilhões. “Será o primeiro porto brasileiro concebido especificamente para atender a indústria offshore e o setor de H2V. Esse projeto, em parceria com o BNDES, promete ampliar a capacidade logística do estado e impulsionar a industrialização do Nordeste”, disse.

O edital para contratação deverá ser finalizado ainda nesse primeiro semestre de 2025. Feito isso, a empresa contratada terá um prazo de 8 a 9 meses para concluir todos os estudos e a modelagem final. E o edital final de concessão deverá ser lançado no início do segundo semestre de 2026.

Segundo a governadora, o momento exige um foco bem preciso em avançar na questão das eólicas offshore e hidrogênio verde. “O poder público junto com a iniciativa privada tem sinergia para construir e abocanhar essa fronteira, considerando o potencial imenso que o Rio Grande do Norte e o Nordeste tem”.

Segundo Fatima, a logística do novo porto tem uma vantagem porque seria o primeiro porto no Brasil voltado a indústria offhsore, mas também será para outros ramos da atividade econômica. “O Ceará e  Pernambuco já possuem estruturas portuárias, mas lá estão fazendo adaptações. E o Rio Grande do Norte já começa com esse formato e essa logística já conectada ao novo momento que vive o Brasil”, explicou.

Ela ainda citou que o Rio Grande do Norte já tem 14 projetos de energia offshore tramitando no Ibama, e iniciativas concretas estão em andamento, como o projeto-piloto da Petrobras de H2V. O estado também foi pioneiro na emissão da primeira nota fiscal de H2V, em uma parceria entre CPFL, State Grid e a indústria de cimento Mizu.

Liderança na geração eólica

Nos últimos 10 anos, o Nordeste consolidou-se como líder na geração de energia eólica no Brasil, com 1.109 parques eólicos instalados. Desses, 385 estão localizados no Rio Grande do Norte, que atingiu a marca de 10 GW de capacidade instalada. “Esse desempenho coloca o Brasil entre os seis maiores produtores de energia renovável do mundo”, disse.

Fatima destacou que a qualidade dos recursos eólicos e solares do estado é um diferencial estratégico, refletindo a importância da colaboração entre governo e indústria privada para atrair investimentos e gerar empregos.

O estado se destaca como líder na produção de energia eólica no Brasil e olha para um futuro promissor. “Até 2024 o estado era líder em produção de energia eólica no Brasil e olhar para o futuro que já chegou é muito desafiador. Os marcos regulatórios que estão sendo viabilizados requerem muita discussão entre os estados, iniciativas privadas e demais setores para avançar”, explicou.

Segundo ela, o desafio agora é garantir que essa transição energética não se limite à exportação de energia, mas também promova a industrialização e o desenvolvimento social da região. “No contexto de mudanças climáticas, não podemos esquecer de algo fundamental que é a transição e não podemos perde de vista o caráter da sustentabilidade associada a inclusão social. Precisamos entender como inserir o povo que mora na região nesse contexto do desenvolvimento que lá chegou. Ter essa empatia e esse acolhimento”, finalizou.