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O consumo mundial de eletricidade deve registrar aumento no ritmo até 2027. A estimativa é de que o índice médio global fique perto de 4% ao ano. Esse comportamento deverá ser verificado à medida que o uso de energia aumenta em uma série de setores da economia. Essa é uma das conclusões da Agência Internacional e Energia (AIE), apresentado nesta sexta-feira, 14 de fevereiro.

A mais recente edição da análise de mercado do setor da AIE, intitulada Eletricidade 2025, com download da versão em inglês, prevê que o crescimento será o equivalente a adicionar uma quantia maior do que o consumo anual do Japão a cada ano entre agora e 2027. O aumento é impulsionado principalmente pelo uso crescente e robusto de eletricidade para produção industrial, aumento da demanda por ar condicionado, aceleração da eletrificação, liderada pelo setor de transporte, e a rápida expansão de data centers.

A maior parte da demanda adicional nos próximos três anos, estima a entidade, virá de economias emergentes e em desenvolvimento, que respondem por 85% do crescimento da demanda.

Como não poderia deixar de ser, a China é o país onde mais se vê o crescimento da demanda, e isso, desde 2020. No país asiático, a alta foi de 7% em 2024 e deve crescer em média cerca de 6% até o final do período em análise. Essa performance deve-se em parte pelo setor industrial, aos setores tradicionais intensivos em energia, à rápida expansão da fabricação de painéis solares, baterias, veículos elétricos e materiais associados. Climatização, adoção de veículos elétricos, data centers e redes 5G são contribuintes adicionais.

A AIE classifica esta uma nova Era da Eletricidade, mas apresenta desafios em evolução para os governos na garantia de fornecimento de eletricidade segura, acessível e sustentável. O consumo também deve aumentar em muitas economias avançadas após um período de relativa estagnação.

E, novamente, é considerado que os formuladores de políticas precisam prestar muita atenção a essas dinâmicas de mudança, que serão abordadas na Cúpula Internacional sobre o Futuro da Segurança Energética que a AIE está sediando com o governo do Reino Unido em Londres em abril.

Nos Estados Unidos, espera-se que um forte aumento na demanda ao ponto de equivaler ao consumo atual da Califórnia. O crescimento por eletricidade deve ser mais modesto na União Europeia, voltando aos níveis de 2021 apenas em 2027, após os grandes declínios em 2022 e 2023 desencadeados pela crise energética.

Fontes
O crescimento em fontes de baixa emissão — principalmente renováveis ​​e nucleares — deverá ser suficiente, no total, para cobrir todo o crescimento da demanda global por eletricidade nos próximos três anos. Em particular, continua a AIE, a geração de energia solar fotovoltaica deve atender a aproximadamente metade do crescimento projetado. No foco estão as reduções contínuas de custos e suporte político. Essa fonte superou o carvão na União Europeia em 2024.

Espera-se que a China, os Estados Unidos e a Índia vejam a participação da energia solar fotovoltaica atingir 10% até 2027. Ao mesmo tempo, a energia nuclear registra um forte retorno a caminho de atingir novos máximos a cada ano a partir de 2025. Como resultado dessas tendências de previsão, as emissões de dióxido de carbono da geração global de eletricidade devem se estabilizar nos próximos anos após aumentar em cerca de 1% em 2024.

O clima mais extremo recebe análise no relatório. É onde aparece o Brasil, quando se trata de apagões causados pelas tempestades. Ou ainda, secas reduzindo a energia hidrelétrica no Equador, Colômbia e México. “Esses eventos destacam a importância de garantir maior resiliência dos sistemas elétricos”, observa o relatório.

Ainda sobre o clima, analisa o papel crítico para as redes e a crescente volatilidade nos preços no atacado em algumas regiões, o que indica uma necessidade crescente de flexibilidade do sistema.