fechados por mês
eventos do CanalEnergia
mantenha-se informado
sobre o setor de energia.
A demanda por eletricidade nas Américas voltou a crescer em 2024. Houve aumento médio de 2,2% após um declínio modesto de 0,4% no ano anterior. A recuperação da demanda foi liderada pelo Brasil em termos proporcionais com crescimento de 6%, à frente dos Estados Unidos com alta de 2%, e Canadá com alta de 0,7%, que são os três maiores consumidores de eletricidade na região e juntos respondem por pouco mais de 85% da participação de mercado.
Os dados constam do relatório Eletricidade 2025, disponível para download em inglês, publicado pela Agência Internacional de Energia (AIE) .
No capítulo específico sobre o país, a entidade sinaliza que a expansão por aqui ocorreu com base no crescimento econômico, classificado como robusto. Temperaturas de verão mais altas do que o normal também impulsionaram a demanda devido ao uso mais intenso de ar condicionado.
A demanda por eletricidade deve crescer em torno de 3,7% ao ano de 2025 a 2027, índice próximo ao que é esperado na mais recente revisão quadrimestral da carga.
O Brasil, que representa 10% da fatia de mercado das Américas, será responsável por quase 20% do crescimento no período, com a energia eólica e solar suprindo toda a demanda adicional, enquanto a energia hidrelétrica continua sendo o principal pilar do fornecimento do país. Já as fontes fósseis continuarão seu declínio de participação na matriz.
Em termos de intensidade de CO2 emitido pela geração de eletricidade, o Brasil só fica atrás da França ao final do período.
Esse comportamento é resultado do aumento das energias renováveis em 4% em 2024. Espera-se que o segmento aumente 5,1% durante o período de previsão. A geração de energia eólica cresceu 13% em 2024, e a projeção é de que aumente a uma taxa média de cerca de 8% ao ano até 2027. A solar fotovoltaica aumentou na taxa mais rápida de todas as fontes, 46% em 2024, e a taxa média de expansão anual é de 22%. Em 2025, a AIE estima que a energia hidrelétrica retornará aos níveis de 2022, embora um ligeiro aumento seja projetado para o restante do período de perspectiva.
“Essas tendências ressaltam a mudança acelerada do Brasil em direção a fontes de energia renováveis, cuja participação no total de eletricidade gerada será, dependendo das condições hidrológicas, de cerca de 90% até 2027, em comparação com 88% em 2024 e 78% em 2017. Como resultado, a intensidade das emissões cairá em média 13% ao ano durante o período de 2025-2027”, pontua.
Saiba mais:
Carga no SIN deve ter aumento médio de 3,3% entre 2025 e 2029