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A queda do Bipolo de Belo Monte, ocorrido no final de janeiro deste ano, e que durou até o dia 13 de fevereiro, impactou a produção da Serena Energia. Foi o que apontou o diretor de regulação da companhia, Bernardo Bezerra, durante a teleconferência da empresa que aconteceu nesta quarta-feira, 19 de fevereiro.
O Bipolo conta com uma capacidade de 4 mil MW, mas o efeito que tem no sistema é de reduzir a capacidade total de exportação em 6 mil MW. “Esse foi um período que existia boas vazões na região Norte, considerado acima da média, o que gerou uma competição por esses recursos renováveis na região, resultando em cortes em ativos, principalmente na Bahia e Maranhão. No total, devido a queda da linha, tivemos uma perda de 177 GWh, dos quais 109 GWh seremos ressarcidos porque atingimos a franquia de horas de todos os ativos na Bahia no dia 03 de fevereiro, e nos ativos do Maranhão, no dia 12 de fevereiro. Tivemos uma perda de 68 GWh por causa da franquia, mas essa questão ainda vamos discutir os aspectos regulatórios, pois existem várias falhas em relação a essa franquia”, destacou Bezerra.
Para reduzir o impacto causado pelo desligamento, a companhia atuou junto ao Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), e também junto à outros agentes. A companhia aproveitou a indisponibilidade do sistema para antecipar as manutenções de ativos durante esse período e também monitorar, hora a hora, a classificação dos cortes pelo ONS para garantir que todas precificações vão ser classificadas por restrição elétrica, causada por essa queda da linha, e com isso, conseguir ter o ressarcimento adequado.
Em relação as perspectivas de cortes, Bezerra afirmou que 2025 será um ano que teremos uma forte redução de cortes por confiabilidade, visto que 3 grandes linhas de transmissão irão entrar em operação esse ano. A primeira, com previsão para iniciar a operação em março, irá melhorar a capacidade de exportação do Nordeste, principalmente no tronco que vem da Bahia. A segunda é a linha de transmissão de Medeiros Neto, que irá aumentar em 500 MW a capacidade de exportação do Nordeste para o Sudeste. E por último, a terceira que é a linha de transmissão Morro do Chapéu, que é prevista para outubro deste ano, e que irá melhorar a rede elétrica na Bahia.
“Na nossa visão, o ano de 2025 terá uma predominância de mais cortes energéticos. Grande parte do nosso portfólio, na Bahia, é de ativos do mercado livre, então conseguimos recompor essa energia a preços mais baixos. Esse ativos na Bahia serão beneficiados por essas 3 linhas de transmissão”, encerrou o executivo.