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Relatório do Energy Industry Council mostra que a confiança dos executivos seniores da indústria de energia em alcançar as metas globais de Net Zero em 2050 despencou de 45% no ano passado para 16%. O relatório Net Zero Jeopardy Report II aponta que fatores como barreiras sistêmicas, inércia e oscilação de políticas, além de lacunas críticas e crescentes na cadeia de suprimentos e tecnologias motivaram a desmotivação.

O relatório, baseado em entrevistas com empresas que fazem parte do EIC, principalmente do Reino Unido, aponta para preocupações crescentes sobre a falta de estruturas regulatórias claras, o subinvestimento em tecnologias limpas e os atrasos na decisão final de investimento em projetos. O EIC reúne mais de 950 empresas do setor de cadeia de suprimentos de energia em todas as indústrias.

Executivos entrevistados alegam que atingir metas globais requer uma abordagem unificada para a política e à segurança energética nos maiores emissores, como EUA, China e Índia. As agendas políticas e visões diferentes sobre o clima continuam sendo obstáculos significativos para um entendimento.

O setor de eólica offshore, que teve crescimento robusto no Reino Unido e na Europa, viu seu progresso vir de decisões e FIDs tomadas há mais de uma década, o que indica a necessidade de atualização da viabilidade das metas futuras.

Cerca de 59% dos entrevistados acreditam que seus países podem atingir o zero líquido até 2050. O otimismo vem do fato que a maioria dos executivos vem de países desenvolvidos onde houve mais investimento em infraestrutura ao longo dos anos.

O financiamento também aparece como tema relevante no relatório. Há cautela para o crédito às novas tecnologias limpas, especialmente hidrogênio, captura e armazenamento de carbono e infraestrutura de rede elétrica.

Cerca de 78% dos entrevistados classificaram os governos e os formuladores de políticas, como os mais responsáveis pelo cumprimento ou não do Net Zero. Entretanto, quando foram perguntados sobre onde estão sentindo pressão para atingir o Net Zero, a maioria diz que a pressão não vem dos governos e de fato dos acionistas e cada vez mais, da equipe.

Outro ponto abordado pelo relatório da EIC é a preocupação com a cadeia de suprimentos na fabricação e logística de tecnologias limpas. Muitos componentes para energia renovável, como turbinas eólicas e sistemas de baterias tem origem na China, aumentando a dependência de um único mercado. A qualificação da mão de obra também foi relatada, já que mais projetos de energia limpa devem entrar em construção.