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A Engie está com um plano de investimentos que deverá somar R$ 8,7 bilhões em três anos. A previsão é que mais da metade desse montante seja aplicado em 2025 e a empresa retorne ao seu patamar de aportes de R$ 2 bilhões anuais em 2026 e 2027. A empresa não deverá investir em novos projetos greenfield, apenas naqueles que estejam em operação e contratados para avaliar aquisição.
O foco dos investimentos deverá ficar nos projetos que estão em construção pela companhia. São eles o Conjunto Eólico Serra do Assuruá (BA) com 846 MW, e o Conjunto Fotovoltaico Assú Sol (RN) com 752 MW de potência instalada. Em transmissão são cerca de 1.780 Km de linhas. Em desenvolvimento são 1,7 GW entre eólica (779 MW) e solar (907 MW).
“A imprevisibilidade de mercado é um dificultador de novos empreendimentos. Temos mercado e pipeline, por isso, não temos interesse em novos ativos greenfield, buscamos oportunidades [em empreendimentos] que estejam contratados e que gerem valor”, afirmou o diretor Financeiro e de Relações com Investidores, Eduardo Takamori, em teleconferência com analistas e investidores sobre os resultados de 2024, mas sem mais detalhes do que seria atrativo para a companhia.
De acordo ele, os valores previstos para o ciclo 2025 a 2027 representam a volta da normalidade, do que a elétrica tem como patamar histórico, principalmente em 2026 e 2027, diferente dos mais de R$ 9,6 bilhões reportados no ano de 2024.
Esse posicionamento mais conservador, continua ele, é o resultado da trajetória de endividamento, que terminou em 2,7 vezes na relação entre a dívida líquida e Ebitda ajustado. Segundo ele, o índice deverá continuar a aumentar mas, segundo as projeções da companhia, dentro dos limites estabelecidos em termos de covenants que é de até 4 vezes.
A expectativa apresentada pelo executivo é de que esse índice ultrapassar as 3 vezes ainda em 2025. Em 2021 era de 2x, passou a 2,3x em 2022, recuou em 2023 para 2,1x até chegar ao atual patamar.
Takamori classificou o nível de endividamento como adequado à geração de caixa. A maior parte da dívida da empresa está atrelada ao IPCA com 71% do total de pouco mais de R$ 24 bilhões, outros 25% em CDI e apenas 4% de TJLP.
Preços
Em relação aos preços de energia, a Engie aponta que os valores vêm subindo desde o final do ano passado. Segundo a empresa, saiu de um patamar de R$ 170 por MWh para R$ 200 por MWh e já vê esse avanço influenciando valores de contratos para 2026 e até 2027.
Em sua estratégia de comercialização, a companhia registrou alto nível de contratação para este ano. Cerca de 96% do portfólio está vinculado a acordos, sendo a maior parte, ou 51% no mercado livre e 35% no regulado. Há ainda 10% para hedge ante um GSF estimado em 0,8. Para 2026, 7% estão livres e esse índice aumenta para 15% em 2027 e 25% em 2029.
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