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A Empresa de Pesquisa Energética publicou esta semana a quarta edição do Plano Indicativo de Gasodutos de Transporte. Nesta edição foram oito projetos indicativos de gasodutos e transporte que somam cerca de 2.300 km de extensão e investimentos de R$ 29 bilhões, com destaque para dois projetos abastecidos por biometano e dois por gás argentino. A EPE também apresentou as próximas etapas do Plano Nacional Integrado das Infraestruturas de Gás Natural e Biometano.
O PIG traz análises quanto aos gasodutos que podem ser implementados nos próximos anos no país, de forma indicativa, baseados em estudos de oferta e demanda, além de análises técnicas. O potencial de empregos gerados é de 80 mil vagas com impacto de R$ 16 bilhões no Produto Interno Bruto.
Os gasodutos são Porto Murtinho – Campo Grande, no Mato Grosso do Sul e investimentos de R$ 6,1 bilhões; Uruguaiana – Triunfo, no Rio Grande do Sul, com investimentos de R$ 6,8 bilhões; Siderópolis – Porto Alegre, em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul com custos de R$ 2,2 bilhões; Duque de Caxias – Taubaté, no Rio de Janeiro e em São Paulo e que demandará R$ 7,05 bilhões; Sertãozinho – São Carlos, em São Paulo e R$ 577 milhões de investimentos; Seropédica – Japeri, no Rio de Janeiro, que demandaria R$ 185 milhões; Iacanga – Uberaba, em São Paulo, em Minas Gerais com custos de R$ 2,9 bilhões; e Santo Antônio dos Lopes – Imperatriz, no Maranhão, que custaria R$ 3,29 bilhões.
O biometano está contemplado nas rotas Sertãozinho/SP – São Carlos/SP e Seropédica/RJ – Japeri/RJ. Na primeira, há a conexão de uma importante região sucroalcooleira produtora de biometano no interior do estado de São Paulo com a malha integrada da TBG na altura da Estação de Compressão São Carlos.
Já a alternativa fluminense liga um conecta um projeto existente de biometano oriundo de gás de aterro sanitário no município de Seropédica/RJ à malha integrada na altura do Ponto de Entrega Japeri.
“A conexão dos polos de produção de biometano à malha integrada de transporte possibilitaria que vários consumidores de gás tivessem acesso ao insumo renovável e pudessem ter a chance de descarbonizar os seus portfólios de energéticos”, diz a EPE no PIG.
O PIG aborda a conexão gasífera com a Argentina com as alternativas Uruguaiana – Triunfo e Porto Murtinho – Campo Grande. A integração existe, mas não foi plenamente concluída. O avanço da produção das reservas de Vaca Muerta deve elevar o país vizinho à categoria de exportador do energético, despertando o interesse do Brasil.
Durante a reunião do G20, no Rio de Janeiro, em novembro, o Ministério de Minas e Energia assinou com o Ministério da Economia argentino memorandos de entendimentos para a criação de um Grupo de Trabalho para viabilizar a oferta da reserva da Argentina. As rotas a serem avaliadas pelo grupo de trabalho são via Bolívia; via Paraguai; direto pelo Rio Grande do Sul e via Uruguai. A opção mais rápida é a inversão do fluxo do Gasoduto do Norte na Argentina para ofertar gás natural para o Brasil via Bolívia.