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A Petrobras terminou o ano de 2024 com lucro de R$ 36,6 bilhões, uma queda de 70,6% na comparação com o alcançado em 2023. A petroleira, que divulgou seus resultados na noite da última quarta-feira, 27 de fevereiro, teve receita de vendas de R$ 490,8 bilhões em 2024, valor 4,1% inferior aos R$ 511,9 bilhões registrados em 2023. O Ebitda ajustado de R$ 214,4 bilhões teve uma variação negativa de 18,2%.
No quarto trimestre de 2024, houve prejuízo de R$ 17,04 bilhões. A receita de vendas de R$ 121,2 bilhões, recuo de 6,4%. O Ebitda ajustado chegou a R$ 409 bilhões, o que representou uma queda de 35,7% em relação ao do mesmo trimestre de 2023, de R$ 63,6 bilhões.
A área de Gás & Energias de Baixo Carbono teve lucro de R$ 3,62 bilhões em 2024, resultado 43,5% abaixo na comparação com 2023. No quarto trimestre, o lucro de R$ 909 milhões ficou 40,3% abaixo dos R$ 1,5 bilhão aferidos no último trimestre de 2023. Menores volumes e preços de venda de gás e encerramentos de contratos de energia nos ambientes regulado e livre contribuíram para o desempenho.
Os investimentos nesse segmento somaram US$ 426 milhões ou R$ 2,4 bilhões em 2024, alta de 53,9% em relação aos US$ 277 milhões ou R$ 1,57 bilhão investidos em 2023. No último trimestre do ano passado, o capex foi a US$ 129 milhões, valor 3,7% inferior aos US$ 134 milhões gastos no mesmo trimestre de 2023.
A Petrobras investiu R$ 91 bilhões em 2024, aumento de 31% em relação ao ano de 2023, em decorrência, principalmente, de maiores gastos em grandes projetos do pré-sal, nos sistemas de produção do campo de Búzios e na Revitalização do Campo de Marlim. O valor realizado em 2024 foi 15% acima do guidance divulgado em agosto de 2024.
No quarto trimestre, a Petrobras investiu US$ 5,7 bilhões ou cerca de R$ 32 bilhões de reais, 61,1% mais altos que os do mesmo período de 2023.
De acordo com a estatal, o resultado geral da Petrobras foi influenciado, principalmente, por eventos exclusivos, em maior parte sem efeito no caixa da companhia. Sem os efeitos dos eventos exclusivos, o lucro líquido seria de R$ 103 bilhões no ano. Para Fernando Melgarejo, diretor de Relações Institucionais da Petrobras, o resultado em 2024 foi impactado em especial por um item de natureza contábil: a variação cambial em dívidas entre a Petrobras e suas subsidiárias no exterior. Segundo ele, são operações financeiras entre empresas do mesmo grupo, que geram efeitos opostos que ao final se equilibram economicamente.
Ainda segundo Melgarejo, esse item gerou uma variação negativa de US$ 10,9 bilhões no resultado anual da Petrobras em relação a 2023. Outros fatores que influenciaram o resultado foram a adesão ao edital de contencioso tributário. Essa decisão possibilitou o encerramento de disputas judiciais envolvendo afretamentos de embarcações ou plataformas e seus contratos. Segundo a companhia, a variação do preço do Brent e a redução de 40% na diferença do preço médio do diesel no mercado mundial em relação ao do petróleo afetaram todo o mercado.
Dividendos – A companha também informou que o seu Conselho de Administração autorizou o encaminhamento à Assembleia Geral Ordinária da proposta de distribuição de dividendos equivalentes a R$ 9,1 bilhões. Caso haja aprovação, a remuneração aos acionistas relativa ao exercício de 2024 totalizará R$ 75,8 bilhões, sendo R$ 73,9 bilhões em distribuição de dividendos e JCP e R$ 1,9 bilhão em recompras de ações. O valor a ser pago é de R$ 0,70954522 por ação ordinária e preferencial em circulação.