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O impacto dos cortes de geração de usinas eólicas e solares pode ser mitigado de alguma forma com medidas técnicas de curto prazo, mas a solução estrutural depende de uma política pública que trate o problema de forma definitiva e permita, ao mesmo tempo, que a matriz continue crescendo com energia renovável. A avaliação é do presidente da CPFL Energia, Gustavo Estrella, que aponta para uma perspectiva negativa em 2025, se não houver alguma mudança nas regras.

O executivo alertou nesta quinta-feira, 27 de fevereiro, que o sistema vai continuar a receber energia intermitente dessas fontes, o que tende a piorar ainda mais a questão do curtailment.

A CPFL registrou perda de receita de R$ 272 milhões no ano passado, com queda de 6,6% na geração de energia elétrica, devido à não compensação do que deixou de ser gerado. Para o executivo, esse foi um grande desafio da geração ao longo de 2024, e, possivelmente, também o será no decorrer desse ano.

Estrella calcula que a empresa poderia ter tido um crescimento na geração de mais de 14%. “No ano passado, eu tive, em alguns momentos, a nossa térmica a óleo combustível sendo despachada, ao mesmo tempo que eu tinha corte de geração eólica.”

Existem hoje duas frentes de atuação, segundo o executivo. A primeira é a frente técnica, que envolve agentes do mercado, Ministério de Minas e Energia, Aneel e Operador Nacional do Sistema. “Tivemos uma série de reuniões com esses órgãos todos, tentando, juntos, discutir alguns caminhos de possibilidade no campo técnico do que dá para ser feito”, disse, ressaltando que considera correta a visão do ONS de que a segurança do sistema é prioridade.

Além da distribuição, que é a principal atividade da empresa, a CPFL vê a transmissão com potenciais oportunidades de crescimento, mesmo com um leilão menor porte esse ano. Já o cenário de sobra de energia e os riscos não gerenciáveis para as renováveis nesse momento no Brasil dificultam a estruturação de algum projeto novo ligado à geração.