Copel está otimista com produto hídrico no leilão de capacidade

A Copel confirmou em teleconferência de resultados nesta sexta-feira, 28 de fevereiro, que disputará o leilão de capacidade, com as UHEs Foz do Areia e Segredo. O CEO da companhia, Daniel Slaviero, acredita que, apesar do leilão ter um predomínio da fonte termelétrica, o produto hídrico deverá ser bastante competitivo, por ser uma fonte limpa e firme.

“Em benefício dos consumidores, temos absoluta convicção que o produto hídrico será o mais barato de todos os que estão sendo leiloados”, afirma. Foz do Areia entrará no certame 840 MW, enquanto na UHE Segredo serão 1,2 GW. Em setembro do ano passado, a Copel já havia revelado a intenção de levá-la ao leilão, assim como era possível que uma expansão de Segredo também participasse. Porém, eram necessários estudos para balizar a decisão, o que foi feito agora.

Na transmissão, por não haver lotes que façam sentido, a Copel não deve participar. O executivo pediu cautela para o setor, por conta de os retornos estarem cada vez mais baixos.

Sobre o curtailment, Slaviero acredita que é uma realidade que veio para ficar e que afetará muitas empresas. Como a carteira da Copel de geração é composta apenas por 18% de eólicas, o impacto dos cortes é limitado. No quarto trimestre, os cortes de geração na Copel ficaram em 13,1%, frente a 8,3% no mesmo trimestre de 2023.

Por ser algo complexo, ele não vê solução no médio prazo e sugere que a reclassificação de indisponibilidade mitigue os impactos no curto prazo.

A venda UHE Baixo Iguaçu foi considerada por ele uma janela de oportunidade que surgiu, reforçando a alocação de capital. A Copel exerceu o direito de compra da participação da Neoenergia e em seguida vendeu a usina para a Energo Pro.