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A batalha envolvendo as mudanças climáticas está cada vez mais difícil e exigindo rápida adaptação. Esse foi o tom da fala inicial do fundador e atual diretor de Inovação da PSR, Mário Veiga, no Workshop PSR/CanalEnergia, que acontece nessa quarta-feira, 12 de março, no Rio de Janeiro. “Estamos numa situação que o problema já chegou e a dúvida é se esse novo normal vai ficar assim ou piorar”, disse o executivo na abertura do evento.

Veiga ressaltou que o efeito da eleição e política de Donald Trump nos Estados Unidos, de convencer indústrias a se instalarem no país mediante menos impostos e inflar as tarifas para quem ficar de fora, divide ainda mais atualmente o mundo em dois grupos quando se pensa no movimento de transição energética: a turma do gás barato, como o próprio EUA, Argentina, Egito, Arábia Saudita, e aqueles contemplados pelos recursos renováveis, como Brasil e outros países da América e parte da África e Ásia.

“Quem está numa situação difícil é a Europa, que tem energia cara e irá precisar mais e ainda seguindo a agenda verde”, lembra o especialista. Nesse ínterim, na sua visão irão se destacar as tecnologias que não precisam de subsídios, sendo um caminho interessante buscar mais títulos de dívida que captam recursos para financiar projetos sustentáveis, ao invés de gastar US$ 1 trilhão por ano para os países deixarem seus produtos mais caros com o custo extra em escolher uma tecnologia limpa em vez de uma que emita mais gases de efeito estufa.

“Menos Premium e mais Green Bonds, transformando a vantagem comparativa para a competitiva”, pontua, salientando que o grande desafio para os governos é desenvolver estratégias em um jogo de xadrez que muda constantemente, sobretudo com o efeito Trump. Veiga reforça que o Brasil se posiciona bem nesse jogo sob ponto de vista geopolítico, já que não temos vulnerabilidade energética, alimentar, demográfica, militar, mas pondera a emergência climática.

“Temos 1 milhão de razões para ficarmos preocupados, mas uma para seguir em frente: fazer um país melhor e que merecemos”, finaliza o fundador da consultoria, afirmando que nunca imaginou ver os níveis de avanços tecnológicos atuais envolvendo a Inteligência Artificial, de satélites, da fusão nuclear, da energia geotérmica e da computação quântica.

Na tradicional enquete que a PSR realiza após os painéis da parte da manhã, 62% do público presente entende a eleição de Trump como prejudicial ao Brasil. Relembre aqui a palestra de Mário Veiga no evento do ano passado.