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Após o hype inicial, com algumas projeções indicando a produção de até 1,3 bilhão de toneladas de hidrogênio renovável até 2050, a expectativa em torno do vetor energético está mudando na avaliação da Head em Descarbonização pela PSR, Luana Gaspar.

Para ela, o mercado está evoluindo num passo menor do que o esperado em anos anteriores, com alguns projetos em decisão final de investimento indicando a perspectiva de chegar a 4 milhões de toneladas do insumo em 2030, volume muito abaixo do considerado para a descarbonização completa do setor de energia global pela Agência Internacional de Energia, que previa 69 milhões de toneladas até os próximos cinco anos.

Durante o primeiro painel do Workshop PSR/CanalEnergia, que acontece nessa quarta-feira, 12 de março, no Rio de Janeiro, Luana disse que muitos projetos anunciados estão esperando o momento de encontrar o off-taker disposto a pagar a mais pela molécula, já que os preços ainda estão altos. Ela também vê o risco Trump e da direita crescendo na União Europeia como barreiras para esse crescimento.

“No Brasil, 1 kg de hidrogênio verde, considerando todos os impostos, custa US$ 9, podendo atingir US$ 10 a US$ 12 no exterior, enquanto o de escala cinza fica em US$ 4/kg por aqui”, revela a especialista, citando um custo de eletricidade próximo de US$ 15/MWh para uma fábrica.

Vale lembrar que, para se tornar competitivo, o H2 renovável precisaria cair para US$ 2/kg, conforme projeção da PSR no evento do ano passado. Já a consultoria Cela pondera um cálculo entre US$ 2,83 a US$ 6,16 o preço do kg dependendo de diferentes locais e características estratégicas.

No Brasil, os projetos envolvendo o vetor somam mais de R$ 188 bilhões em aportes, segundo levantamento da Conferência Nacional da Indústria (CNI), mas nem todos com decisão final de investimento tomada. Além do preço, que está fazendo diversos players paralisarem seus esforços e recursos pelo mundo, assim como vem acontecendo com a eólica offshore, o mercado cita outros desafios, como o próprio gás natural podendo bloquear esse avanço, conforme estudo da Energy Science & Engineering.