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Questionado sobre a flexibilidade regulatória quanto aos usos múltiplos da água e consequentemente para produção hidroelétrica, o diretor-executivo da PSR, Rafael Kelman, destacou que a consultoria está empreendendo um projeto junto ao ONS no intuito de criar uma governança para as restrições aos geradores. “Não há um questionamento atualmente razoável sobre os impactos ao sistema”, justificou o executivo durante o primeiro painel do Workshop PSR/CanalEnergia, que acontece nessa quarta-feira, 12 de março, no Rio de Janeiro.

Mas a grande novidade confirmada por Kelman é de que a PSR irá iniciar um trabalho metodológico para avaliar o impacto econômico dessas limitações permanentes num horizonte dos próximos cinco anos. “Ao final vamos ranquear as vazões, restrições e custos esperados, o que irá trazer objetividade para as análises”, conta o diretor, afirmando que a premissa para esse custo em aliviar os geradores será uma fração pequena perto do efeito econômico total sobre o setor elétrico.

Em sua apresentação, Kelman falou da importância na melhoria da modelagem climática para previsões mais assertivas e que ajudem na adaptação do sistema elétrico aos eventos que provocaram apagões em São Paulo, enchentes no Rio Grande do Sul e que também influenciam o regime hídrico. “Será que os vertedouros das hidrelétricas vão aguentar? Precisamos de mais previsão, prevenção, para eventualmente conversar com o ONS a baixar uma carga em determinada região para não ter algum problema”, comenta, citando que uma maior flexibilidade não passa por questões tecnológicas no momento, mas sim por regulamentação.

Já o Head em Pesquisa e Desenvolvimento da PSR, Joaquim Dias, salientou que a tecnologia para resiliência de ativos e da rede elétrica possui diversas camadas, começando pelos cenários de modelagem climática. Que por sua vez será o insumo para processos seguintes alavancados atualmente pelo uso da Inteligência Artificial. “Modelos que combinam a física com I.A e Machine Learning, pegando melhor padrões de ciclones no meio de oceanos”, exemplifica.

Para o especialista, a I.A tem sido muito eficiente para classificar processos extremos (com uma grande quantidade de dados e cenários), analisar as consequências para uma rede elétrica e planejar, por meio de previsões e simulações. A última etapa é como expandir essa rede com robustez, preparando as equipes com antecedência a partir da predição de quais devem ser os pontos críticos em uma concessão.

“Têm ações de planejamento de curto prazo, como em regiões remotas que podem ser contempladas com baterias em algumas residências e outras ferramentas que permitem re-despachar uma rede, modificando parâmetros e utilizando mais os recursos disponíveis”, conclui Dias.