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A PSR trabalha com uma visão de preço médio de energia na casa dos R$ 154/MWh no horizonte de 2026 até 2030, podendo variar entre R$ 140/MWh e R$ 175/MWh. A projeção, que considera um PPA convencional no submercado Sudeste, foi apresentada no último Workshop PSR/CanalEnergia, na quarta-feira, 12 de março, evento realizado no Rio de Janeiro. Esse valor, diz a consultoria, mostra um “prêmio” para diferenças de preços com o subsistema Nordeste de R$ 10 MWh em média.

Uma enquete proposta durante o painel perguntava se, dada uma condição no segundo semestre de 2025 de R$ 300/MWh de energia convencional, se a plateia compraria ou venderia energia. O resultado foi um empate técnico, com 52% escolhendo vender. “É difícil, mas diria que eu estaria comprando”, apontou Matheus Cavaliere, líder em Planejamento e Inteligência de Mercado na PSR, após ser questionado pelo mediador da bancada, Luiz Barroso, CEO da consultoria.

Já na avaliação do líder em Planejamento e Inteligência de Mercado, Celso Dall’Orto, não é o nível atual de Preço de Liquidação de Diferenças em R$ 350 MWh que preocupa, mas sim uma situação de dinâmica de preços que causa estranheza em meio ao período úmido com picos de PLD expressivos, o que dá a entender que algo precisa ser ajustado ou verificado.

“Temos que verificar se as metodologias de aversão ao risco nos modelos computacionais estão fazendo o que deveriam, que é aumentar a segurança de suprimento, reduzindo a expectativa de déficit, entre outros”, aponta o especialista. Para ele, essas metodologias que entram no modelo podem ser realizadas de diversas formas, com objetivo físico de manter níveis de reservatórios ou econômica de forma indireta, como aumentar o CMO, e assim,  despachar mais térmicas para guardar recursos hídricos nas UHEs e chegar a um nível acima do esperado pelo ONS.

“Há um desequilíbrio e deveríamos ajustar, inclusive, focando mais na redução da expectativa do risco de faltar energia do que água nos reservatórios, ou pelo menos avaliar isso de uma forma mais fácil”, analisa.

Sobre a aversão ao risco, o diretor técnico da PSR, Edmundo Grune, salientou que o risco de modulação preocupa, sendo a solar a fonte mais afetada, e que, com o PLD descolando do teto isso está aparecendo de forma mais significativa. “Se olhar em 2030 estimamos que o risco fique em torno de R$ 20 a R$ 40 o MWh para a fonte, considerando várias condicionantes é claro, maior do que o curtailment, que deve ficar em torno de R$ 5 e R$ 10 o MWh, sendo a maior parte energética”, indica o executivo.

Ele também apontou não ser inevitável que o setor elétrico conviva com essa disparidade, lembrando que essa diferença na California estimulou a inserção de baterias. “Entre 18h e 20h a bateria é maior que gás, nuclear, todas as fontes lá, numa entrada vem provocando redução do spread entre o preço mínimo e máximo, achatado pela entrada das baterias”, conclui.

Perfil de preço e tarifas

Quanto ao perfil de preço, a análise é de que a curva do pato que já fora observada em 2024, e que reflete o risco de modulação para algumas usinas, deve seguir acontecendo, assim como a expectativa de ritmo no incremento do mercado livre. E que apesar da demanda acelerada e forte crescimento econômico, pairam incertezas de efeito rebote, principalmente pela alta da taxa de juros, além da oferta desacelerando com curtailment, incerteza de preços e custos de implementação.

Entre outras projeções apresentadas no Workshop, a PSR estima que a bandeira tarifária deve voltar a ser amarela em abril ou maio, e que o índice de reajuste tarifário para 2025, sem diferimentos como deve acontecer com a Light, será de 1,5% a 2%. O menor era o da concessionária fluminense, mas que possivelmente não será mais, enquanto o maior reajuste deve acontecer em torno de 13%.