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Os problemas e riscos associados ao tão proclamado curtailment devem configurar o surgimento de novas oportunidades de fusões e aquisições para os agentes de geração no setor elétrico. A projeção vem do diretor de Comercialização da Engie Brasil, Gabriel Mann, que falou ao CanalEnergia nos corredores do Workshop PSR/CanalEnergia, que aconteceu na última quarta-feira (12) no Rio de Janeiro.

“Temos avaliado e acredito que vamos ter mais oportunidades de M&A no setor, sobretudo com energia já contratada, já que pegar projetos com energia descontratada num momento de preços mais baixos no longo prazo não faz sentido”, disse o executivo, afirmando que o volume de negócios desse tipo pode aumentar ainda mais enquanto o problema dos cortes na geração não for solucionado.

Ele conta que a companhia espera que essa redução forçada na produção de energia fique num patamar próximo ao que ocorreu no ano passado, perspectiva apresentada pela PSR no evento. E ressalta a importância de ter um portfólio diversificado. No caso, a Engie contabilizou um nível médio de curtailment em 9% entre seus ativos eólicos e solares no ano passado, mas suas hidrelétricas ajudaram a diluir esse percentual para pouco mais de 1% nos resultados totais da empresa.

Outro ponto ressaltado por Mann é sobre os preços da energia que impactam no custo de modulação para os geradores e para os consumidores, impedindo no momento que a companhia consiga viabilizar seus projetos no longo prazo. “Apesar das sinergias, como contrato de conexão e eficiência, está difícil ainda viabilizar parques híbridos por conta do preço”, refere, afirmando que a Engie está focada em crescer no negócio de transmissão e participando do leilão de energia de reserva com duas hidrelétricas onde possui postos já estabelecidos para colocar mais turbinas.

Diretor de Comercialização aposta em mais oportunidades de M&A com energia já contratada (Engie Brasil)

Estratégia de comercialização e tecnologia

Na parte de comercialização, Mann salienta a concepção de uma estratégia de ir contratando gradualmente a energia disponível para comercializar, seja dos próprios projetos ou das compras. Começa com um nível de contratação bem elevado nos anos iniciais, para depois ir reduzindo e diminuindo a exposição frente essa volatilidade maior no curto prazo, mantendo energia no portfólio para aproveitar as oportunidades de venda futura para a carteira de clientes.

“Vamos renovando os contratos para a nossa carteira de clientes, que normalmente contratam com uma antecedência de um ano e meio, o que possibilita girar o portfólio de contratos a cada ano, trazendo assim oportunidades, inclusive no curto prazo, de preços mais elevados”, comenta o executivo.

Sobre perspectivas de mercado, Mann pontua que as migrações ao mercado livre devem seguir em ritmo de crescimento e que a companhia está tendo bons retornos, inclusive aumentando sua rede de parceiros no varejo para balancear a proximidade com os clientes e o custo de operação, por meio de uma remuneração variável em função do número de negócios fechados.

“Conseguimos equilibrar custo de não ter uma equipe própria atuando diretamente”, conclui, citando também novas funcionalidades ao Energy Place que trazem maior agilidade do ponto de vista do fechamento dos negócios e na gestão dos contratos.