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A Eletrobras não vê retornos atrativos em ativos que estão no mercado secundário de transmissão. A companhia descarta a aquisição e ativos greenfield e diz que o foco está em investir em reforços e melhorias de linhas que tiveram a renovação do contrato via MP 579/2012 ou por meio de novos lotes conquistados em leilões.
Nos dois últimos anos, a companhia registrou que o maior segmento de capex foi justamente em reforços e melhorias no segmento de transmissão. De um total de R$ 7,7 bilhões em 2024, R$ 3,3 bilhões foram direcionados a essa atividade. Em 2023, o patamar esteve também acima e R$ 3 bilhões.
“Em nossa atividade M&S tem sido uma constante na atividade da companhia, mas no sentido de simplificar ativos. No ano passado foram 35 operações focadas em simplificação”, comentou o vice-presidente de Estratégia e Desenvolvimento e Novos Negócios, Élio Wolff. “Olhamos todas as oportunidades e o que está no mercado, mas ainda enxergamos reforços e leilões mais atrativos do que os ativos à venda, pois apresentam retornos apertados e para nós não faz sentido”, afirmou ele em teleconferência com analistas e investidores para falar dos resultados de 2024.
Eduardo Haiama, vice-presidente Financeiro e de Relações com Investidores, comentou que a empresa possui R$ 60 bilhões em ativos renovados da MP 579. Esses devem ser revitalizados por terem mais de 30 anos de operação e, por isso, apresentam grande potencial de investimentos que geram retornos para a elétrica.
Esse segmento, aponta a Eletrobras, possui já contratados, 234 projetos para reforços e melhorias de grande porte. Somam R$ 6,8 bilhões em capex estimado pela Aneel entre 2025 a 2029 e que podem gerar mais de R$ 1,1 bilhão em RAP para a companhia.
A previsão de investimentos da Eletrobras é de manter um patamar de investimentos pouco acima do registrado em 2024, quando terminou o complexo eólico Coxilha Negra de 302 MW de capacidade e aportes de R$ 2,4 bilhões. E ainda está em curso o Linhão Manaus-Boa Vista com investimentos de R$ 3,3 bilhões ao total e a modernização da linha HVDC de Itaipu, orçada em R$ 1,9 bilhão.
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