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Em painel sobre modelo, formação e projeção de preços realizado durante o Agenda Setorial 2025, foi destacada a evolução nos últimos anos dos modelos computacionais para a operação do setor, como o newave híbrido e a mudança na aversão ao risco. Para o Gerente da Programação Diária do Operador Nacional do Sistema Elétrico, Diogo Cruz, o modelo computacional atual usado está atuando de modo satisfatório para o operador. “A aversão ao risco que está funcionando no sistema é uma aversão que representa o operador. Está aderente as necessidades que enxergamos no dia a dia”, observa.

De acordo com ele, o início de 2025 tem sido diferente dos anteriores. O período úmido, apesar de ainda não ter se encerrado, foi de baixa qualidade, indo aquém nas afluências estimadas, levando a uma subida de Custo Marginal da Operação. A ausência do fenômeno climático El Niño e a La Niña fraca, que está no fim, acabaram por tirar chance de uma previsão melhor, mais apurada. “Não era fácil prever que fevereiro teria uma afluência baixa”, afirmou.

Segundo Cruz, o período úmido começou bem, com a UHE Sobradinho com volume de 80% mas em dezembro Furnas e várias reservatórios do Sudeste entram em atenção. O ONS agiu, os reservatórios se recuperam em janeiro, mas em fevereiro tudo muda, com índices negativos históricos levando a um ponto de a carga muito alta e volume de afluência menor.

Segundo ele, o cenário não preocupa o ONS, porque o modelo entregou 715 MW de UTEs que permitiram a segurança na operação. Ele lamentou a descontratação da UTE Norte Fluminense no fim do ano passado. A usina tinha um CVU baixo, em torno de R$ 250/ MWh e 700 MW, o que acabou impactando no preço. O despacho atual está em torno de R$ 350/ MWh.

“Não vou fazer juízo de valor se R$ 350/ MWh é alto ou baixo, o que posso dizer é que a quantidade de UTEs que está sendo despachada está ajudando a operação em todas as condições que estamos enxergando daqui para a frente”, pontua. Para ele

Donato Filho, Diretor Geral da Volt Robotics, lembrou da criação do Match da Energia em 2021, ferramenta criada para medir o descasamento entre a operação real e a determinada pelo modelo computacional. De início, o casamento entre o real e o praticado era de apenas 30%, um grande desvio, motivado pela forte seca. Hoje, após os aprimoramentos e uma condição operativa melhor, o casamento está em 66% Para ele, a prevalência da operação na formação do preço evita que a diferença acabe virando encargo.

“É fundamental que o preço reflita a realidade operativa”, aponta. Segundo ele, o encargo acaba penalizando quem foi precavido e se contratou antes. Para ele, é preciso aproximar o despacho real da operação. Ricardo Simabuku, Conselheiro da CCEE, salientou que as mudanças são necessárias em prol de evoluir e que a aproximação dos modelos com a realidade traz segurança ao mercado.