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Durante coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira, 18 de março, a meteorologista Desirée Brant, sócia da Nottus Meteorologia, revelou que as previsões indicam que o outono e o inverno serão com neutralidade climática, sem influência de fenômenos como o El Niño ou La Niña, que ocorreram nos últimos anos. De acordo com ela, o relatório da National Oceanic and Atmospheric Administration traz essa probabilidade, que estaria hoje em 62%.
O sócio-diretor e meteorologista da Nottus, Alexandre Nascimento, destacou o desempenho das bacias da região Norte, que se no ano passado sofreram com a seca, esse ano se recuperaram. Segundo ele, a bacia do Madeira teve uma ótima performance. No Sudeste, apesar do deplecionamento rápido, houve uma recuperação. “Foi um período úmido com muitas nuances, em algumas épocas choveu demais e de menos, mas foi um ano bastante positivo”, comenta. A La Niña acabou fazendo com que as bacias perto da região Sul ficassem com o destaque negativo. “O Sul é uma região onde os extremos, com as mudanças climáticas, ficam mais evidentes”, aponta.
A geração eólica e solar continuará sendo favorecida na nova estação. A região Norte será contemplada com chuvas fortes na primeira metade do outono. A região Sul, que no ano passado sofreu com enchentes nessa mesma época, terá chuvas regulares.
A estação, que é de transição entre o verão e o inverno, terá dias mais secos e temperaturas cada vez mais baixas. Mesmo com o tempo seco, há chances de episódios de chuvas na região central e ondas de frio nas primeiras semanas do outono, mas especificamente no mês de abril. As ondas de calor perdem a vez e, com isso, a alta na carga de energia perde pressão.
Segundo Desirée Brandt, a La Niña está chegando ao fim e foi ‘breve e fraca’, com seus padrões enfraquecidos. Para o mês de março, que na primeira semana teve poucas chuvas e temperaturas altas, viu agora nessa semana umidade nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. “Mesmo que chova nos próximos dias não vai recuperar o que não choveu no início do mês e deve fechar com chuvas abaixo da média”, explica.
No outono, que começa no próximo da 20, às 6h01, no equinócio de outono, quando os dias e as noites têm a mesma duração, a expectativa é de dias mais secos e temperaturas cada vez mais baixas. Há chance de chuva na região central do Brasil
Abril deve ser um mês de transição e a chuva se concentra nos extremos do Brasil. Segundo a meteorologista, não há risco de corte antecipado de chuvas e ainda se espera volume maiores que a média entre o Sudeste e o Centro-Oeste. “A chuva já não é tão volumosa, mas alguma umidade deve chegar”, pontua.
Em maio, as chuvas ganham força no Sul ficarão mais frequentes no lese do Nordeste. O período seco ganha força no interior. As chuvas do mês não são fortes e não chegam a auxiliar os reservatórios das hidrelétricas, apenas o setor agrícola. O mês de junho consolida o período seco no centro do Brasil e as chuvas se concentra no Sul, Norte e no Leste do Nordeste.
A possibilidade de acontecer um El Niño esse ano é muito baixa, sendo o cenário menos provável pelo NOAA. Ela conta que nessa época do ano os modelos ficam mais imprecisos para o longo prazo, por conta da ‘barreira da primavera’. Com isso, no outono e boa parte do inverno a neutralidade deve imperar. “Por enquanto, ao que tudo indica, segue neutro até boa parte do segundo semestre “, avisa.