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Uma tendência que já é realidade no exterior começa a ser verificada no Brasil, a hibridização de sistemas de GD. O volume ainda é baixo, mas a combinação entre sistemas de geração solar com baterias começa a aparecer em pesquisa da Greener. No ano passado 4% das vendas, em média, contavam com o fornecimento de sistemas com armazenamento.

A consultoria apresentou no pré-lançamento do estudo sobre o tema que 1 em cada 25 sistemas negociados já tem o dispositivo de armazenamento acoplado. As regiões Sul e Sudeste apresentavam proporção acima dessa média nacional. E, segundo o CEO da Greener, Márcio Takata, a tendência mundial é de aceleração do ritmo de adoção desse modelo que possui capacidade de entregar atributos diferentes como confiabilidade e flexibilidade.

Esses são atributos que o setor elétrico tem ressaltado quando o tema é o LRCAP para baterias. Na avaliação do executivo, o certame ajudará a impulsionar o segmento de armazenamento. Para ele, o leilão de capacidade para essa fonte será um ponto importante para atrair negócios por aqui não apenas de grande porte mas para aplicações de menor porte.

Baterias têm no leilão impulso para decolar no Brasil

“O leilão será importante à medida que ajudará a induzir o processo de BESS no Brasil para diferentes aplicações, e isso não apenas em grande escala e também ajudará a outras aplicações. Sem dúvida a contratação via leilão influenciará indiretamente positivamente o mercado de pequeno porte”, aponta.

Segundo a Greener, ainda há necessidade de ampliação do mercado, apesar de já aparecer na pesquisa anual sobre a GD. Do total de integradores que responderam a pesquisa feita pela consultoria, 19% efetuaram venda de sistema híbrido. Outros 41% não oferecem essa opção a seus clientes, mas pensam em entrar no mercado.

Essa situação vem pelo fato de que ainda há alto custo, mesmo com a queda de preços. Outro motivo apontado na pesquisa é que a demanda ainda é baixa.

No ano de 2024, aponta a pesquisa, a maior parte de kits vendidos continua sendo de menor porte. Ao total foram 94,6 mil kits, aumento de 42%. A proporção de kits de até 10 kWp aumentou para 63% do total, ano passado estava em 61%. Acima de 75 kWp respondeu por apenas 13% da demanda.

Os preços dos kits caíram em média 13% nos sistemas de até 75 kWp. Naqueles acima desse nível a curva foi mais acentuada, queda de 22%, tendo como base janeiro de 2024. O preço dos equipamentos apresentam uma curva descendente, apesar de elevação nos valores em comparação à pesquisa em meados de 2024 ante janeiro de 2025.

Evolução dos preços de kits para sistemas de GD solar com integração. (Fonte: Pesquisa Greener)

Inversão de fluxo 
Um outro dado que chama a atenção na pesquisa é o comportamento de integradores diante de um dos maiores desafios do setor atualmente, a inversão de fluxo.

Houve aumento de registros de empresas com estão tendo que enfrentar o problema. Para aqueles que declararam ter solucionado essa questão imposta o caminho para 42% passou pela diminuição da potência do sistema, ou ainda, 40% recorreram ao fast track, que é o limite estabelecido pela Aneel de até 7,5 kWp sem precisar de análise por parte da distribuidora. Contudo, 26% dos integradores afirmaram ter perdido o cliente e 10% partiram para solução grid zero.

A questão da inversão de fluxo é mais presente em dois estados, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. “Nessas regiões essa reclamação era alta e em 2024 aumentou mais ainda. Em São Paulo começou a ter a elevação dos casos, então, isso requer atenção”, aponta Takata.

Em MG, a Greener reporta que 82% das empresas tiveram casos de inversão de fluxo, no RS ficou em 70%, enquanto em SP o índice ficou em 48% da amostragem da pesquisa. No ano de 2023 esses índices eram de 63%, 45% e de 20%, respectivamente. E na média Brasil, 55% das empresas não conseguiram resolver o problema.

Do total comercializado, 46% dos sistemas contaram com financiamento. Esse índice representa uma redução de 7.p. em relação a 2023. Mesmo assim é uma participação significativa para a viabilização da GD no Brasil, ressalta o CEO da Greener. Um dos motivos para essa redução, diz, é explicada pelo aumento da taxa de juros. E essa situação continuará ao longo de 2025 com a alta da Selic, representando um outro desafio para esse mercado.

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