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O setor de energias renováveis atravessa um dos momentos mais desafiadores e ao mesmo tempo promissores de sua história. A CEO da CELA (Clean Energy Latin America), Camila Ramos, afirmou nesta quarta-feira, 19 de março, que especialistas e empresários relatam dificuldades na aprovação de projetos e na viabilidade dos negócios, mas também enxergam oportunidades em novas tendências do mercado.
Nos últimos anos, o crescimento do setor tem sido expressivo, e a previsão é de que a capacidade instalada de fontes renováveis no mundo salte de 4,7 terawatts em 2025 para 10,3 terawatts em 2030. Com essa expansão, a expectativa é de que as energias renováveis ultrapassem a marca de 50% da geração de eletricidade no final desta década.
Segundo Camila, no Brasil, a geração distribuída tem ganhado destaque. “Estamos passando por um momento de muita consolidação. Projetos de GD0 e GD1 são considerados mais atrativos do que novos empreendimentos, o que impulsiona a popularização da energia distribuída”, destacou.
A executiva também citou outro segmento que tem sido amplamente debatido que é o do hidrogênio verde. Inicialmente visto como uma solução promissora, enfrenta agora incertezas sobre sua viabilidade econômica. Alguns projetos anunciados foram adiados ou cancelados devido às dificuldades na comercialização de hidrogênio e seus derivados. No entanto, embora muitos empreendimentos não sejam competitivos, alguns devem se concretizar e marcar avanços importantes no setor.
Segundo a executiva da CELA, as perspectivas para 2025 indicam que as dificuldades persistirão, mas novas oportunidades emergem. A autoprodução de energia está se consolidando como uma alternativa viável para consumidores industriais, que buscam soluções energéticas sustentáveis e eficientes. Além disso, o armazenamento de energia aparece como um segmento estratégico, com diversas aplicações potenciais.
O setor de biocombustíveis também se destaca, especialmente com o crescimento do etanol, biometano e biodiesel. Paralelamente, a descarbonização das indústrias tende a ganhar relevância, e muitas empresas já começam a estruturar projetos para reduzir suas emissões e adotar fontes limpas de energia.
Apesar das incertezas, o setor de energias renováveis segue como protagonista da transição energética global. Os desafios atuais demandam estratégias inovadoras e colaboração entre empresas, investidores e governos para garantir um crescimento sustentável e a consolidação do setor nos próximos anos.
Curtailment
Apesar disso, desafios estruturais, como os chamados curtailments têm impactado negativamente investimentos e colocado empresas em compasso de espera. “Essa será uma tendência para 2025, mas não sabemos como será o desenrolar desse tema”, explicou Camila.