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A expectativa para os preços de energia em 2025 segue em alta, impulsionada pela mudança de tendência climática em março, que trouxe um cenário mais seco e elevou os preços. Além disso, a introdução do modelo Newave híbrido e o aumento no fator de segurança do ONS contribuem para uma maior pressão sobre os preços, especialmente em cenários de hidrologia desfavorável. Para o diretor-presidente da Eneva, Lino Cançado, o cenário de preços mais altos, aliado ao curtailment, pode impactar os resultados, mas em menor escala do que no ano passado.
Durante a teleconferência com investidores realizada nesta sexta-feira, 21 de março, Lino declarou que a expectativa é de um alívio no nível de curtailment devido aos reforços no sistema de transmissão. “Assim, mesmo com a alta dos preços, parte desse impacto deve ser compensado pela melhoria na capacidade de transmissão”, destacou.
Ainda de acordo com o executivo, com o fim do período chuvoso na região Norte, espera-se um aumento na geração térmica para suprir a demanda por potência e, possivelmente, por energia a partir do segundo semestre. Ele ainda destacou que a comercializadora segue alinhada a esse cenário, embora mais detalhes não possam ser divulgados no momento.
Comercializadora
Quando questionada sobre o resultado da comercializadora, a Eneva deixou claro que no quarto trimestre de 2024, a comercializadora adotou uma estratégia baseada na expectativa de alta dos preços, impulsionada por um período de chuvas abaixo da média. No entanto, houve uma reversão significativa em novembro, levando a uma queda acentuada nos preços em novembro e dezembro, o que impactou o resultado do trimestre.
Apesar desse cenário, a companhia mantém sua estratégia para 2025, e já observa uma recuperação significativa dos preços em março, reforçando a perspectiva de um mercado mais favorável ao longo do ano. E parte das perdas do final de 2024 já foi compensada neste início de 2025.
Investimento na expansão da capacidade da planta de liquefação de gás do Parnaíba
A Eneva também aprovou o investimento no terceiro trem da planta de liquefação de gás natural localizada nas adjacências da unidade de tratamento de gás natural do complexo Parnaíba, no município de Santo Antônio dos Lopes, no Estado do Maranhão.
Atualmente, 100% da capacidade de liquefação de gás natural da Planta (600.000 m³/dia) está comprometida, em contratos que assumem um ramp-up gradual do volume produzido até o quarto trimestre de 2026, conforme previsto nos contratos comerciais celebrados. Com a expansão da liquefação por meio da implantação do terceiro trem, a planta atingirá a capacidade de 900.000 m³/dia.
O investimento possibilitará a companhia adicionar fontes de receita à medida em que sejam celebrados novos contratos comerciais. Um diferencial importante desse modelo é a modularidade, que possibilita a construção de novas unidades de liquefação à medida que a Eneva destrava esse novo mercado em desenvolvimento. Adicionalmente, por meio desse modelo, a companhia passa a levar o GNL para localidades hoje inteiramente supridas por combustíveis mais poluentes, contribuindo, assim, para redução das emissões do país.
Eneva registra prejuízo líquido de R$ 962 mi no quarto trimestre