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O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse nesta sexta-feira (21/03), em Roraima, que a interligação do estado ao sistema elétrico brasileiro vai permitir que o Brasil avance na integração energética da América do Sul. Silveira visitou as obras da linha de transmissão Manaus-Boa Vista, que tem mais de 70% das instalações concluídas, com previsão de entrada em operação em setembro desse ano.

A obra vai reduzir em R$ 1 bilhão o custo da Conta de Consumo de Combustíveis, pago por todos os consumidores do país, ao substituir térmicas a óleo dos sistemas isolados por energia mais barata do Sistema Interligado Nacional. A CCC é uma das maiores rubricas de custo da Conta de Desenvolvimento Energético.

O empreendimento tem investimento previsto de R$ 2,6 bilhões e está sendo construído pela Transnorte Energia. São 725 km de linha, dos quais mais de 100 km passam pela terra indígena Waimiri-Atroari, e três subestações associadas.

O estado tem localização geográfica estratégica, pois faz fronteira com Venezuela e Guiana,  que tem se destacado na produção de petróleo.

O governo calcula que, a médio prazo, a interligação que já existe com o território venezuelano pode possibilitar a absorção de uma quantidade maior de energia da hidrelétrica de Guri para abastecer não apenas Roraima, mas o Sistema Interligado Nacional, ao qual o estado estará conectado.

Integração ao SIN

Silveira lembrou em entrevista que o Brasil exportou esse ano energia para o Uruguai e para a Argentina, o que permitiu a redução da conta de energia. “Essas medidas de integração é que fazem com que, muitas vezes, a gente consiga manter a bandeira verde em momentos, inclusive, de escassez hídrica. É o que nós queremos fazer com a Venezuela, depois queremos fazer com a Guiana. Temos que sonhar com o arco do setor elétrico aqui pela Guiana e Guri, é importante destacar.”

Em 14 de fevereiro, a Bolt Comercializadora iniciou a importação comercial de energia do país vizinho, após a realização de testes para avaliar o desempenho da LT Boa Vista-Santa Elena, que passou por um processo de sucateamento por falta de manutenção, desde a suspensão do fornecimento de energia ao Brasil em março de 2019.

A empresa foi autorizada no ano passado a importar até 15 MW, de janeiro a abril desse ano, ao custo de R$ 1.096,11/MWh.

Petróleo

O ministro tem defendido de forma reiterada a exploração de petróleo na região de fronteira com a Guiana. Ele lembrou que o país se desenvolve rapidamente com a exploração do mineral, que também é importante para o Brasil. “Nós vamos fazer esse ano ainda o desenvolvimento de dois blocos, que é o bloco da Bacia de Itacutu, agora no segundo semestre, em novembro. Já tem demonstração de interessados nessa bacia.”