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O consumo de energia elétrica subiu 4,9% no Brasil em fevereiro. Segundo dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), o país ultrapassou, pela primeira vez, a marca de 77 mil MW médios em um único mês. O calor intenso registrado no período e que faz aumentar o uso de aparelhos de ar-condicionado é o principal fator que ajuda a explicar os resultados.
O mercado regulado computou crescimento de 5,5% no consumo, enquanto o livre aumentou 4% no comparativo anual. O avanço reflete uma combinação das temperaturas mais altas com a maior atividade em alguns setores produtivos e a entrada massiva de novos consumidores no ambiente.
Entre os 15 setores da economia monitorados pela CCEE e que compram energia no ambiente livre, três tiveram a maior evolução porcentual em fevereiro: serviços (8,6%), saneamento (8,1%) e minerais não-metálicos (7,8%). Apenas os segmentos de Telecomunicações, Transporte (-3,1%) e Químicos apresentaram reduções, de 7%, 3,1% e 1,4% respectivamente.
O levantamento mostra todos os estados do Sul e do Sudeste com incremento no consumo em relação ao ano anterior. Destaque para o Espírito Santo (15,1%) e Rio de Janeiro (13,4%), que apresentaram temperaturas acima da média histórica. No Nordeste, Norte e Centro-Oeste, os maiores volumes de chuva no período levaram a quedas na comparação anual, sobretudo no Amapá e em Rondônia, em taxas de 10,5% e 6,1%.
Já na geração de energia, os 77.204 MW médios produzidos a partir de hidrelétricas, eólicas, solares e de biomassa, representa 93,7% de toda a eletricidade produzida no mês. Juntos, os parques com aerogeradores e as fazendas fotovoltaicas espalhadas pelo país foram responsáveis por quase 15 mil MW médios.