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Uma das primeiras da fila na renovação dos contratos de distribuição de energia, a Light (RJ) enviou ontem ao Ministério de Minas e Energia e à Agência Nacional de Energia Elétrica ofício reafirmando o interesse na renovação. Em teleconferência de resultados realizada nesta sexta-feira, 28 de março, o presidente Alexandre Nogueira considerou como um ponto fundamental a minuta do texto tratar de modo diferenciado as perdas de energia em áreas onde a distribuição não consegue atuar.
“A Light precisa de um contrato de concessão que reconheça suas especificidades”, afirma o executivo. A avaliação é que esse tratamento especial para as áreas de risco dará mais sustentabilidade econômica e financeira para a concessionária, permitindo aumento de investimentos e modernização da rede.
Em 2023, a distribuidora que atende a capital fluminense e a maior parte da região metropolitana do estado do Rio de Janeiro já havia solicitado de forma antecipada a renovação do contrato. A concessão da Light vence em 2026.
Sobre a recuperação judicial, o diretor de Relações com Investidores e CFO, Rodrigo Tostes, disse ainda que, após o envio da carta ratificando o requerimento de prorrogação da outorga de concessão, o próximo passo é o lançamento nos próximos dias do leilão reverso para pré-pagamento com desconto do Bond da Light Energia, de até US$90 milhões.
Em seguida vem a análise do termo de concessão pela Aneel, para decisão do MME e a assinatura. Depois vem o aumento de capital privado entre R$1 bilhão e R$1,5 bilhão pelos atuais acionistas e a conversão das debêntures da Light S.A. no valor de cerca de R$2,3 bilhões. “Após a conclusão dessas etapas, consideramos que o Plano de Recuperação terá sido 100% cumprido”, aponta.
A atuação da Lightcom, a comercializadora do grupo, foi salientada pelo diretor na teleconferência. Em 2024 a subsidiária foi reestruturada, implantou novas linhas de negócio e ampliou a sua equipe, ofertando novos produtos. Isso resultou na duplicação da carteira de clientes. “Estamos preparando a Lightcom para seguir crescendo de forma sustentável e estamos convictos do seu potencial”, avisa.
Durante a teleconferência, foi dito ainda por Nogueira que os índices de qualidade – que abordam duração e frequência de interrupções – estão operando abaixo do limite regulatório. O DEC da Light está em 6,74 horas, 4,5% abaixo do limite regulatório e o melhor quarto trimestre da história. Já o FEC está em 3,04 vezes, 36% abaixo do limite regulatório.