O consumo de energia elétrica no Brasil em fevereiro atingiu 47.850 GWh, alta de 3,3% comparado a fevereiro de 2024 e batendo recorde na série histórica desde 2004. Segundo o boletim da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), a classe residencial liderou a alta no consumo com taxa interanual de 5,2%, seguida pela indústria, comércios e outros, incluindo a rural. Entre as regiões, todas consumiram mais: Sul (5,9%), Sudeste (3,7%), Centro-oeste (2%), Norte (1,8%) e Nordeste (0,5%). Já a demanda acumulada nos últimos 12 meses foi de 562.056 GWh, crescimento de 4,2% na comparação anual.
O consumo industrial de eletricidade computou o maior valor para o mês em todos os compilados históricos da EPE. No entanto, o mês registra a menor taxa de expansão dos últimos 12 meses, 2,1% em relação a fevereiro de 2024. A alta alcançou 24 dos 37 setores monitorados. Oito dos dez mais eletrointensivos tiveram expansão, sendo cinco deles acima da média da indústria: automotivo (8,7%); produtos de minerais não metálicos (6,8%); produtos de borracha e material plástico (4,8%); alimentícios (3,8%) e extração de minerais metálicos (2,2%).
Quanto ao mercado livre, a demanda de 20.350 GWh respondeu por 42,5% do consumo nacional de eletricidade em fevereiro, subindo 10,1% e 65,0% no número de consumidores. O Centro-Oeste foi a região que mais expandiu (13,7%), enquanto o Nordeste teve o maior aumento no número de consumidores livres (77,3%). Já o mercado regulado das distribuidoras somou 27.500 GWh, atendendo 57,5% da demanda, que teve queda de 1,2% e aumento no número de consumidores de 1,8%.