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O processo de transição energética no mundo tem três grandes desafios mapeados pela BloombergNEF. São eles acelerar o investimento em energia renovável, mobilizar capital para os mercados emergentes e acelerar o desenvolvimento e novas tecnologias. Mesmo com a perspectiva de que os investimentos devam ultrapassar US$ 2 trilhões por ano pela primeira vez em 2024.
De acordo com a líder de Transição Energética a BNEF, Luiza Demôro, o destaque é que os investimentos estão chegando um patamar elevado mesmo diante da queda dos preços das tecnologias. Um exemplo são as baterias que recuaram 73% quando comparadas a 2017. Mas a retração não é exclusiva desses dispositivos, eólica offshore segue essa mesma tendência. “Esperamos que continuem a cair de preço nesta década para que na próxima década sejam competitivas”, diz.
Contudo, os desafios apontados pela executiva durante a abertura do BloombergNEF Forum decorrem da necessidade de acelerar o processo de transição energética que ainda está longe da meta de 1,5 grau Celsius. Por isso, é necessário acelerar os aportes, ainda mais em países menores. As renováveis foram responsáveis por US$ 729 bilhões em 2024, porém para que a trajetória global seja alinhada com a Net Zero 2050 e os objetivos de neutralidade é necessário aportes mais expressivos.
A mobilização de capitais para o segmento em países de menor porte, explica, são o resultado da atual concentração de investimentos em países de maior porte, mais estruturados que os menores, onde as políticas públicas são menos estruturados.
Por fim, outro desafio está no uso das novas tecnologias como as novas nucleares de menor porte e até mesmo em captura de carbono e armazenamento e H2 verde, modalidades que tiveram queda no ano passado.
Segundo a executiva, a transição é inevitável, mas a oportunidade está nessa década e o Brasil pode ter um papel importante no cenário global da transição.