Olá, esse é um conteúdo exclusivo destinado aos nossos assinantes
Cadastre-se GRATUITAMENTE ou faça seu LOGIN e tenha acesso:
Até 5 conteúdos
fechados por mês
Ficar por dentro dos cursos e
eventos do CanalEnergia
Receber nossas newsletters e
mantenha-se informado
sobre o setor de energia.
Notícias abertas CanalEnergia
ou
Já sou cadastrado,

A CPFL Energia destacou recentemente algumas oportunidades e desafios que ainda existem no mercado de distribuição de energia. Segundo Gustavo Estrella, presidente do grupo, embora o segmento esteja atualmente bastante consolidado, qualquer movimentação estratégica precisa levar em conta a volta da perspectiva de longo prazo, especialmente diante da nova concessão que está sendo delineada para o setor.

Ele ressaltou durante conversa com jornalistas nesta quinta-feira, 03 de abril, que não há, no momento, oportunidades concretas sobre a mesa, mas reforçou o interesse em possíveis movimentações que possam surgir.

Já do lado de geração, Estrella destacou o desafio da sobreoferta onde o Brasil segue sendo um país com forte vocação para investimento em energias renováveis, como solar e eólica. O executivo também lembrou que o país enfrenta problemas com cortes de geração, o que impacta diretamente o interesse e a segurança de novos investimentos. Apesar disso, afirmou que o compromisso com a transição energética permanece, e que estão atentos a movimentos estratégicos que possam garantir a continuidade do desenvolvimento do setor.

Baterias e fontes renováveis

A intermitência das fontes renováveis, como solar e eólica, também foi destacada por Estrella. Durante a conversa, ele ressaltou a necessidade de considerar esse fator nos investimentos em energia, especialmente diante do novo cenário que inclui soluções como baterias e até o uso da rede como apoio.

Segundo o presidente do grupo CPFL, as baterias representam uma das alternativas mais promissoras para lidar com a intermitência. Ele destacou a importância do mercado estar discutindo o tema, especialmente com o avanço dos projetos de renováveis, que ainda não tem um modelo de negócio totalmente definido, mas que desperta interesse por sua relevância para o sistema elétrico nacional.

A expectativa é que, com a definição do modelo e da remuneração, as baterias possam se tornar uma solução viável também do ponto de vista de investimento, ajudando a resolver um dos principais desafios da transição energética no Brasil. Ele ainda lembrou que terá o leilão e que certamente é um modelo que interessa a eles participar dada a importância ao sistema.

Investimentos em novas tecnologias

Quando questionado sobre os planos futuros de investimento em tecnologias inovadoras, Estrella destacou a vocação natural do país para fontes renováveis e reforçou que 100% da capacidade de geração atual da companhia já é baseada nessas fontes.

O executivo também mencionou que a empresa está fortemente comprometida com novos investimentos. Atualmente, o grupo conta com cerca de 4.400 MW em capacidade instalada e planos robustos de crescimento, com novos projetos previstos para os próximos anos, mas que vai depender de como vai se dar a demanda e a necessidade de expansão.

Segundo ele, o setor vive um desafio de como fazer a expansão da matriz brasileira olhando para o tema de intermitência como o principal problema, e isso não vem sendo exclusivo do Brasil, mas de outros países também. “Eu acho que os novos investimentos vão colocar isso em consideração”, alertou.

PCH Lúcia Cherobim

A CPFL Renováveis inaugurou na quinta-feira, 03 de abril, a Pequena Central Hidrelétrica (PCH) Lúcia Cherobim, localizada no rio Iguaçu entre os municípios de Porto Amazonas e Lapa, no Paraná. Com investimentos na ordem de R$ 421 milhões, o projeto terá uma capacidade instalada de 28 MW.

Em 2024, a empresa gerou 96% de sua energia a partir de fontes renováveis e, com esse novo projeto, integra um portfólio de mais de 4.300 MW de capacidade projetada. Para Estrella, a PCH Lúcia Cherobim simboliza o compromisso em promover a transição energética no Brasil, garantindo energia de qualidade e respeitando o meio ambiente.

Vale destacar que o empreendimento possui uma barragem de 516,35 metros de extensão, 3 unidades geradoras, um reservatório de 1,47 km² e uma linha de transmissão de 3,29 km, conectando a geração ao sistema elétrico nacional.

O presidente do Grupo CPFL afirmou durante o evento que a companhia conta atualmente com mais de 50 barragens no Brasil e que cada nova entrega reforça o papel estratégico da empresa na transformação do setor elétrico nacional. Segundo ele, projetos como esse não apenas fortalecem a infraestrutura energética, mas também geram empregos, arrecadação de impostos e desenvolvimento sustentável para comunidades do entorno.

Estrella também reforçou o compromisso da companhia com os pilares ambiental, social e de governança (ESG). O executivo ressaltou o orgulho de integrar uma empresa com um programa de sustentabilidade reconhecido pelo mercado e valorizado pelos investidores. Ele destacou que, mais do que concluir obras, o diferencial está na forma como elas são entregues, sempre pautadas pela responsabilidade socioambiental e pelo impacto positivo na vida das pessoas.

*A repórter viajou a convite da CPFL Energia