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O prazo de 15 dias de Consulta Pública para o leilão de reserva de capacidade, apresentado ontem pelo ministro Alexandre Silveira, foi considerado suficiente pela Eneva. Durante o Fórum de Líderes de Petróleo e Gás, realizado nesta quarta-feira, 9 de abril, no Rio de Janeiro (RJ), o diretor de Novos Negócios da companhia, Marcelo Lopes, ressaltou a necessidade já reconhecida pelo próprio governo e pelo mercado que o certame aconteça ainda esse ano, com celeridade.
“Uma consulta no tempo mais curto é suficiente para discutir os pontos que foram levantados nas discussões dos processos. Também tende a ser suficiente para sanar as dúvidas e fazer com que o leilão aconteça no menor prazo possível”, explica Lopes que considerou o adiamento um ajuste de rota.
A geradora também deverá participar da nova CP do leilão. Para o executivo, o fator A – ponto que judicializou o leilão – foi uma inovação interessante, mas com a necessidade de ter os seus parâmetros de composição refletidos como um todo. “Tinha um determinado CVU Teto e um determinado peso nos parâmetros do fator A. Ao mexer nesse CVU Teto, deveria se revisitar isso”, observa.
O adiamento do LRCAP não arrefeceu os planos a Eneva para o leilão. Uma das maiores geradoras térmicas do país, a Eneva nunca escondeu o fôlego para essa disputa.
Lopes lembrou ainda que no histórico dos leilões de energia, não é inédito que uma judicialização aconteça. Para ele, a complexidade do certame de reserva de capacidade é a mesma que já aconteceu em outros certames diferenciados. “Não é a primeira e nem será a última”, avisa.
Durante o evento, o presidente da EPE, Thiago Prado, demonstrou preocupação sobre a judicialização do certame. Para ele, há uma tentativa de maximização dos interesses individuais, que tem como consequência o prejuízo do bem comum – no caso o leilão. Ele convocou os agentes presentes a participarem da Consulta Pública. “Participem da CP, para que a gente possa retomar esse certame que é importante para a segurança energética do Brasil, mas sem cair na maximização dos interesses individuais em detrimento de um leilão que garante a segurança energética dos próximos anos”, adverte.