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A atualização semanal do Programa Mensal de Operação de abril mostra, depois de muitos meses, uma reversão na tendência da carga. Depois de estimar alta de 1,7% para o mês, o documento publicado nesta sexta-feira, 11 de abril, aponta queda de 1,6% na carga quando comparada ao mesmo período de 2024.
Esse comportamento deve-se à reversão de previsões para o Sudeste/Centro Oeste e Sul do país. A perspectiva é de fechar o mês corrente com quedas de 3,7% e 3% ante abril de 2024. No Nordeste ainda é esperado aumento, de 2,7% e de 6,4% no Norte do país.
O nível de afluências esperada para o mês não variou de forma expressiva. Os números mais recentes apontam para volumes de energia natural afluente quase no mesmo patamar do que se esperava na semana passada. No SE/CO houve o maior aumento, passando para 74% da MLT, alta de 5 p.p ante a última edição do PMO. No Sul são esperados 56% da média de longo termo, no Norte está em 79% e no Nordeste a condição mais reduzida com apenas 27% da média histórica.
Assim, a tendência apontada pelo Operador é de uma retomada do replecionamento de reservatórios no SE/CO, que concentra 70% do total armazenável no país. O submercado pode sair dos atuais 68,2% para 69,4% no dia 30 de abril. Nos demais submercados há uma movimentação discreta. No Sul a previsão é de chegar em 39,2%, no NE 75,9% e no Norte 97%.
Como consequência dessas números, o CMO médio para a semana operativa reduziu nos dois submercados que continuam com valores descolados do Norte e NE, zerados novamente. No SE/CO está em R$ 163,42 por MWh e no Sul R$ 173,26 por MWh.
A previsão de despacho térmico é de 5.237 MW médios, sendo 382 MW médios por Ordem de Mérito e 4.855 MW médios por inflexibilidade declarada pelos geradores térmicos.
“Com esse despacho térmico, indicado pelo modelo Decomp na etapa de programação semanal, o custo de operação esperado para a semana operativa atual é de R$ 253,3 milhões. Para as próximas semanas do mês, a média do custo de operação esperado é de R$ 53,1 milhões por semana”, destaca o ONS.
