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Apesar de elogiar o novo modelo de preço adotado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico, o vice-presidente de Regulação da Eletrobras, Rodrigo Limp, acredita que ainda há espaço para mais aperfeiçoamentos. Segundo o executivo, que participou de painel do Fórum de Líderes em Energia Elétrica na última quinta-feira, 10 de abril, caso o modelo de 2025 estivesse em vigor no ano passado em quatro meses, o consumidor teria economizado R$ 1,2 bilhão a menos com os encargos das contas.

“Não adianta ter preços mais baixos se o operador continua despachando térmicas fora da ordem de mérito. Isso acaba sendo um sinal artificial”, explica. Para ele, a sinalização de preço adequada ainda está distante. Quando a flexibilização for melhor reconhecida, novos negócios como o armazenamento terão maior chance de viabilização. O PLD horário foi considerado pelo executivo um avanço importante, por sinalizar as necessidades do sistema ao longo dia.

Ainda de acordo com ele, havia um descolamento muito grande entre o preço definido pelo modelo e a realidade operativa do sistema, com muita geração térmica. “Uma geração que era paga via encargos e não pelo preço, transferindo o custo para todos os consumidores, mesmo os contratados”, explica. A volatilidade, segundo ele, ainda existe, porém, é menor. Os preços de anos anteriores – com térmicas despachadas e preço no piso – não era real.

Para o vice da Eletrobras, os aprimoramentos necessários envolvem uma agenda extensa no curto e o médio prazo. Com o fim da Cpamp, a governança é liderada pelo ONS e CCEE, regulamentada pela Aneel e os agentes podem contribuir. “É importante que os agentes contribuam com inputs, é importante ter transparência”, comenta.

Ele também  destacou a virada no direcionamento da comercialização da companhia pós-privatização, intensificando o trabalho no ambiente de contratação livre. Essa virada demandou um foco maior no cliente. Segundo ele, nos últimos dois anos, o número de consumidores finais cresceu 340%, com ênfase nos pequenos clientes.

Sobre a abertura de mercado anunciada pelo ministro Alexandre Silveira para 2026, Limp vê o setor maduro para tal. Para ele, a abertura deve ocorrer de forma equilibrada, no contexto de uma grande reforma setorial.  “Hoje o setor tem um nível de maturidade suficiente para uma abertura total do mercado”, comenta.

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