A expansão da abertura do mercado livre para consumidores conectados em baixa tensão se aproxima e uma sinalização mais firme do governo para iniciar esse movimento, ainda que em ritmo gradual, pode chegar por meio da tão aguardada reforma do marco legal do setor elétrico. Essa primeira arrancada, uma vez confirmada, colocará os comercializadores varejistas frente ao enorme desafio de acolher uma inédita volumetria de clientes ansiosos por migrar para fora do ambiente de contratação regulada.

O ponto de equilíbrio para uma operação bem afinada de captação e gestão dessa leva de demanda, balanceando custo de serviço e rentabilidade, está na adoção de tecnologia de ponta e por isso a Paradigma Business Solutions, de novo à frente da concorrência, passa a oferecer sistemas sob medida, aprimorados com recursos de inteligência artificial (IA). Um diferencial que promete estabelecer um marco de competitividade na atividade de comercialização de energia.

A empresa ampliou seu investimento em inovação ao introduzir avatares, que são operadores virtuais integrados a plataformas de ETRM. Essa abordagem surge como um divisor de águas, prometendo superar as limitações do RPA (Robotic Process Automation) e conferir aos gestores um poder de automação sem precedentes.

A exemplo de processos estratégicos já automatizados pelos Avatares da Paradigma, destaca-se o de faturamento das comercializadoras varejistas, uma etapa crítica frente à crescente complexidade e escala do mercado livre de energia.

Com integração nativa à CCEE, o Avatar é parametrizado para importar automaticamente dados de consumo e PROINFA, orquestrando o processo de faturamento com precisão, velocidade e inteligência operacional. A tecnologia vai além da simples automação: ela executa os cálculos necessários para entender a real demanda do consumidor e aplica, de forma autônoma, as ações mais adequadas para cada cenário configurado – seja alocando o take máximo ou mínimo, realizando compensações financeiras ou promovendo ajustes com base em indicadores como economia garantida.

A solução é totalmente aderente à diversidade de produtos que compõem o portfólio do mercado varejista, garantindo confiabilidade e agilidade em escala. O papel do gestor? Cabe a ele analisar e validar as decisões inteligentes já executadas pelo Avatar – um verdadeiro salto em autonomia e eficiência, explica William Machado, Gerente de Produtos da Paradigma.”

Diferenciais de empoderamento

Uma das principais vantagens dos avatares reside na facilidade de implementação, segundo conta o CTO da Paradigma, Rodrigo Werlang. Cada gestor pode criar quantos avatares forem necessários para automatizar e virtualizar atividades em processos de gestão executados em plataformas de ETRM explica. Essa autonomia é um avanço significativo, frente ao cenário de dependência de especialistas de TI quanto a concepção, configuração e manutenção de RPA.

A versatilidade dos avatares é outro recurso original na proposta da Paradigma. Enquanto o RPA é tradicionalmente programado para executar tarefas predefinidas, os avatares são concebidos a partir de inputs inteligentes preparados para processos específicos, permitindo que os gestores os configurem e os adaptem dinamicamente às suas necessidades.

“Estamos fazendo alterações na nossa arquitetura e preparando os nossos serviços de nuvem para ter uma tecnologia escalável, que suporte essa grande transformação que já está acontecendo no mercado livre”, observa Werlang.

Tudo pode ser alcançado pelos gestores, a partir da configuração e alterações de agentes inteligentes preparados para processos específicos. Essa flexibilidade representa uma evolução significativa em relação à rigidez dos robôs RPA, que possuem limitações em relação a configurações diretas pelos usuários e à criação autônoma de novas automações para diferentes processos.

Em relação aos custos, além disso, a solução de avatar se apresenta como uma alternativa economicamente atrativa. A implementação se resume ao setup e capacitação dos usuários gestores de uma plataforma de ETRM. Em contrapartida, a adoção de RPA pode implicar em investimentos relevantes como licenças, desenvolvimento e customizações de plataformas especializadas.

As despesas fixas de operação e manutenção também favorecem os avatares, limitando-se ao custo adicional recorrente dessa funcionalidade disponibilizada na plataforma, enquanto o RPA pode gerar gastos recorrentes, tanto fixos como variáveis, pondera Cláudio Wagner, Head de Desenvolvimento de Negócios da empresa.

Rapidez e segurança

O tempo de implantação é um fator crítico em um mercado dinâmico como o de energia, lembra Werlang. Nesse aspecto, os avatares oferecem uma agilidade notável. O próprio gestor pode configurar, testar e colocar em operação um avatar para automatizar os processos em questão. A autonomia e velocidade são características de destaque.

Já a implementação completa de um RPA, com suas etapas de análise, desenvolvimento e integração, pode se estender por semanas ou meses. A independência dos técnicos de TI, adicionalmente, é mais um dos benefícios relevantes dos avatares, conferindo aos usuários controle total sobre os processos.

A integração nativa dos avatares às plataformas ETRM, da mesma forma, elimina a dependência de sistemas legados. A ferramenta de criação do avatar, inclusive, estará sempre atualizada e compatível com as novas versões da plataforma e sempre possibilitando que novos processos incorporados sejam plenamente configurados, exigindo apenas o conhecimento do negócio a ser operacionalizado.

No que se refere à segurança cibernética, os avatares apresentam uma vantagem intrínseca, segundo Rodrigo Werlang. Por serem uma solução interna, nativa e configurável, eles não introduzem riscos adicionais.

Jornada de divulgação

O trabalho de apresentação desses novos recursos ao mercado é um capítulo à parte na estratégia da Paradigma. A empresa, historicamente, sempre buscou desenvolver uma proximidade profissional com os seus clientes, no sentido de personalizar não somente o atendimento prestado, mas também as próprias soluções.

A presidente da Paradigma, Andrea Boudeville, conta que várias abordagens foram estudadas, mas prevaleceu a opção de visitar uma a uma as empresas, numa espécie de roadshow. E não exclusivamente para falar de produto, mas também com a preocupação de analisar o cenário do setor elétrico.

“Durante os “Paradigma Day” fazemos questão de levar as mensagens do nosso CTO, propagando nosso posicionamento tecnológico”, ressalta. “Não empreendemos nessa ou naquela tecnologia porque está na moda. Queremos coisas que perdurem. A intimidade com o setor elétrico, adquirida ao longo de mais de duas décadas de trabalho, nos impulsiona a trabalhar exaustivamente para sempre estar na vanguarda tecnológica e em sintonia com as necessidades do mercado”, complementa.