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A N5X inicia nesta quarta-feira, 23 de abril, as operações em tela de compra e venda de energia no mercado livre. Essa ferramenta chega aos clientes cerca de 18 meses após o anúncio da chegada da empresa ao mercado brasileiro. A estreia do serviço será marcada pelo chamado “ring the bell” na B3, que tem participação indireta na empresa. No início estão aptas a operar empresas como Auren, Casa dos Ventos, Eletrobras, Eneva,  Hydro e Statkraft, em um soft opening, já a partir de 9 de maio estará aberto para as demais 80 companhias ativas na plataforma de um total de 240 cadastros.

A negociação em tela, diz a CEO da empresa, Dri Barbosa, representa mais um dos passos que a companhia apresentou como seu roadmap de implementação rumo à clearing house. Nesse momento ainda não há contraparte central. Ela explica que nessa fase o setor terá à disposição uma plataforma para fechar negócios com contrato padrão.

Com a operação em tela na plataforma os participantes institucionais do mercado de comercialização de energia podem cadastrar e gerenciar suas políticas de risco de contraparte com alerta integrado do sistema. Na tela N5X, é possível inserir, acompanhar e executar ordens de compra, respeitando as políticas de risco bilateral das partes. As negociações concluídas, são automaticamente direcionadas aos sistemas de controle de contrato dos participantes

A executiva destaca que o projeto agregou a tecnologia e a expertise em mercados bilaterais do Grupo EEX, maior bolsa de energia do mundo e acionista da N5X, com o capital da B3 (por meio do fundo independente L4). O resultado é uma solução com governança neutra o que é importante em um mercado que está em processo de abertura, conforme está no projeto que o Ministério de Minas e Energia apresentou na semana passada, em Brasília.

“Agora a gente se torna uma solução completa de negociação e formalização para esse mercado atual de negociação, de trading de energia no mercado livre, sem contraparte central”, comenta a CEO da N5X.  “Nessa nova etapa que estamos entregando para o mercado, permitimos que todas as contrapartes configurem limite de risco para todas as outras contrapartes e elas possam operar em tela”, explica.

Ela ressalta ainda que outro ponto importante para essa nova fase é a questão da sinalização de preço. Esse fator vem sendo apontado como importante pelo mercado para que os agentes possam entender em quanto está sendo negociado um produto naquele momento no mercado.

Para chegar a esse momento ela relata que a companhia realizou três testes com participantes embarcados. Dois deles foram online e o último, na semana passada, presencial. Participaram mais de 30 empresas para estressar o sistema.

Bolsa de Energia

A criação de uma clearing house continua no foco da companhia e representa o terceiro passo do roadmap da N5X. Isso se deve ao fato de que somente assim é que se alcança a solução que endereçará a questão de segurança e liquidez para o mercado.

“A contraparte central é uma jornada regulatória e está no nosso roadmap inicial, ele já está acontecendo”, revela. “É que essas ações não têm visibilidade ainda. Nossa meta é entregar ainda em 2026”, diz confiante.

A contraparte central virá acrescida de instrumentos de derivativos.  Essa junção, conta, veio de uma demanda do mercado. Antes eram passos separados, mas das interações feitas chegou à conclusão de que as duas ações deveriam estar em um mesmo cronograma para a plataforma.

“Então a gente já tem definições de como que vai ser o nosso modelo de participante, o modelo de negociação, quais são os instrumentos financeiros, o modelo de gestão de risco, a nossa estrutura de salvaguardas e a nossa política de garantias. Só que é uma coisa que o mercado não tem visibilidade. Então a gente já tem feito conversas, já tem feito há algum tempo, essas conversas com o mercado para validar todas essas decisões que a gente precisa”, relata.

Segundo a executiva, as conversas também são feitas com potenciais membros de compensação para validar o modelo, entender quais são as necessidades, como que eles vão fazer para se conectar com a plataforma, quais são os caminhos críticos, entender quais são as dúvidas e ações que para sanar esses questionamentos. “Isso tudo já está acontecendo em paralelo ao desenvolvimento que estávamos fazendo”, destaca.

Essa contraparte central, analisa Dri Barbosa, será importante para o mercado livre. Mesmo com o enxugamento e restrição no limite de risco devido a ocorrências ao longo de 2024, as operações acontecerão. Segundo sua avaliação, toda a alta liderança das empresas já entendeu que a é necessário que o mercado evolua para a clearing house.

Com o mercado para a baixa tensão aberto, cada tombo que possa eventualmente ocorrer será maior. “ Em um cenário de que a gente abre o mercado dessa maneira, o tombo vai ser muito maior e corre o risco de chegar no consumidor final. Com a contraparte central o risco é diluído e traz a segurança de liquidação”, finaliza.