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As perdas não técnicas na distribuição de energia atingiram cerca de 42 TWh em 2024. Segundo dados solicitados pelo CanalEnergia junto à Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), esse volume representa uma perda real de 16,8% em relação ao mercado de baixa tensão, 0,2% superior ao aferido em 2023 e quase duas vezes maior que a produção da hidrelétrica de Belo Monte no ano passado.

A região Norte lidera esse índice ligado aos furtos (ligação clandestina, desvio direto da rede), fraudes (adulterações no medidor ou desvios), erros de leitura, medição e faturamento na rede elétrica, com 46,5%. Depois aparecem Sudeste (17,5%), Nordeste (14,3%), Sul (9,6%) e Centro-Oeste (7,4%).

Impacto tarifário de 2,6%

No caso das metas regulatórias a serem alcançadas pelas distribuidoras, caso a perda real esteja acima do percentual regulatório, o agente não poderá repassar todos os custos para os consumidores, podendo apenas repassar aqueles equivalentes à média regulatória.

Dado esse contexto, ao levar em consideração que o custo médio de aquisição de energia pelas empresas no ano passado foi de R$ 239 e multiplicar esse valor pelo montante de energia perdida, de 41.935.149 (MWh), a Abradee chegou a uma a cifra de R$ 10 bilhões de impacto financeiro somente com os custos de compra de energia. Com o limite da meta regulatória de 26.955.882 MWh e custo médio de aquisição de R$ 239, o efeito aos usuários da rede chega a R$ 6,4 bilhões no âmbito da compra de energia.

Quanto ao impacto tarifário, ao considerar uma extrapolação que o custo total das tarifas TUSD e TE (Fio A, Fio B, Energia, Perdas e Encargos) para o setor residencial em 2024 foi de aproximadamente R$ 247,2 bilhões, calcula-se cerca de 2,6%: há cada R$ 100 da fatura de energia elétrica, o consumidor paga R$ 2,60 correspondentes as perdas não técnicas. Na próxima semana, mais especificamente na sexta-feira, 02 de maio, o CanalEnergia publicará uma Reportagem Especial repercutindo esse assunto das perdas não técnicas que influem sobre o negócio das distribuidoras e no bolso do consumidor.

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