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A presença da Força Nacional de Segurança na Usina Hidrelétrica Belo Monte, em Altamira (PA), foi solicitada para garantir a integridade física dos manifestantes e não para proteger o patrimônio da usina. A afirmação foi feita pelo presidente da Norte Energia, Paulo Roberto Pinto, após a ocupação do canal de fuga da usina por um grupo de pescadores da região no início do mês de abril.

De acordo com o executivo, cerca de 80 manifestantes invadiram recentemente uma área considerada de alto risco, por onde é expelida a água turbinada das 18 turbinas da usina. “Eles invadiram o canal de fuga, que é extremamente perigoso. A água sai ali em velocidade brutal. É uma área que mata”, declarou Paulo Roberto. “Tivemos que socorrer pessoas da Volta Grande do Xingu. Acionamos a Polícia Federal porque era um caso de risco iminente de morte.”

A Norte Energia afirma que, desde o início da construção da usina, realizou um programa de indenizações voltado a pescadores que comprovassem atuação na região afetada. Segundo Paulo Roberto, cerca de 2.600 pescadores foram indenizados após apresentarem documentação que comprovava a atividade na época do início das obras.

No entanto, recentemente, o número de pessoas reivindicando indenizações saltou para 6.000. “Surpreendentemente, apareceram mais milhares de pessoas alegando serem pescadores. Pedimos comprovação documental. Destes 6.000, apenas cerca de 600 conseguiram apresentar os registros exigidos”, afirmou o presidente.

Diante do avanço dos manifestantes até a área operacional da usina, a empresa solicitou, por meio do Ministério de Minas e Energia, o apoio da Força Nacional. “Pela primeira vez, pedimos ajuda não para proteger o ativo, mas para proteger vidas”, reforçou o executivo.

Ainda segundo Paulo Roberto Pinto, a previsão é de que a Força Nacional fique por mais 15 dias, e logo após, o empreendimento seguirá com a segurança particular que a empresa já conta e faz parte da concessão para região.

*A repórter viajou a convite da Norte Energia