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A Norte Energia, concessionária responsável pela Usina Hidrelétrica Belo Monte, localizada no rio Xingu, em Altamira (PA), já investiu cerca de R$ 8 bilhões em projetos socioambientais na região. As ações contemplam programas urbanos, rurais, ribeirinhos e indígenas, com destaque para os R$ 1,3 bilhão direcionados exclusivamente às áreas indígenas.
Entre as iniciativas voltadas às comunidades indígenas, estão a construção de 21 escolas, 31 unidades básicas de saúde, 9 sedes de associações e a estruturação do Centro de Monitoramento Remoto da Funai, que monitora 98% das terras indígenas do país. A companhia ressaltou que em momento algum, desde o início da construção da usina até os dias atuais, nenhuma terra indígena foi alagada pelos reservatórios da Usina.
Segundo a concessionária, antes da construção de Belo Monte, a população indígena da região somava aproximadamente 3 mil pessoas, distribuídas em 26 aldeias. Atualmente, esse número saltou para 5.800 indígenas em 157 aldeias e áreas urbanas, sendo 776 vivendo na Volta Grande do Xingu, área de influência direta da usina, e 5.024 fora dela. A abrangência de execução do Plano Básico Ambiental Componente Indígena (PBA-CI) é de cerca de cinco milhões de hectares, sendo 11 terras indígenas e uma área indígena.
As ações fazem parte de 42 programas e projetos aprovados pela Funai em 2012, com foco em educação, saúde, preservação cultural, atividades produtivas e proteção territorial.
Chocolate indígena impulsiona renda local
Um dos destaques entre as iniciativas é a campanha de fortalecimento da produção e geração de renda para comunidades indígenas. No médio Xingu, a comunidade Jericoá 2, liderada por Katyana, da etnia Xipaya, cultiva cacau e produz frutas desidratadas que servem de base para o Sidjá Wahiü, uma linha de chocolates frutados.
Katyana, da etnia Xipaya (Crédito: Vanessa Andrade)
Com sabores exclusivos da região amazônica, os chocolates Sidjá Wahiü, Iawá, Karaum Paru, Yujdá e Ita’aka Akauwa foram desenvolvidos a partir da parceria entre as comunidades ribeirinhas; das aldeias das Terras Indígenas (TI) Paquiçamba, Arara da Volta Grande do Xingu e Koatinemo; da Cooperativa Agroindustrial da Transamazônia (COOPATRANS); a fábrica de chocolates Cacauway, além de receber apoio da Norte Energia.
Chocolates indígenas da Amazônia (Crédito: Vanessa Andrade)
Sustentabilidade e inovação
Com foco na sustentabilidade, a Norte Energia desenvolveu, em parceria com a Universidade Federal do Pará (UFPA), a primeira voadeira elétrica da região Amazônica. O projeto, que consiste em uma embarcação movida a energia elétrica por meio de placas solares, visa substituir os combustíveis fósseis e contribuir para a descarbonização do rio Xingu. Dois modelos de barcos foram lançados: um de oito metros, com capacidade para seis pessoas, e outro de dez metros, para até oito passageiros, ambos com autonomia para percorrer 40 quilômetros.
Voadeira 100% elétrica (Crédito: Helder Lana / Norte Energia)
Investimentos em segurança pública e saúde
No setor de segurança pública, a Norte Energia investiu na construção do Presídio de Vitória do Xingu e da Delegacia Regional de Altamira, além de concluir o prédio provisório do Instituto Médico Legal (IML) de Altamira.
Na saúde, os investimentos resultaram na construção de 32 unidades básicas de saúde e três hospitais, em Altamira, Anapu e Vitória do Xingu. De acordo com a empresa, também houve uma redução de até 99% nos casos de malária na região.
O futuro de Belo Monte
A Usina Hidrelétrica Belo Monte, com capacidade instalada de 11,2 GW, é a maior hidrelétrica 100% brasileira e a quarta maior do mundo. Desde novembro de 2019, opera em sua capacidade máxima. Projetada no modelo de fio d’água, Belo Monte minimiza a necessidade de grandes reservatórios. No entanto, a Norte Energia estuda a construção de uma nova barragem no rio Xingu para formar um reservatório acumulador de água, visando garantir a operação da usina durante a seca. Atualmente, o complexo conta com duas casas de força: a principal, no Sítio Belo Monte, com 18 turbinas, e a complementar, no Sítio Pimental, com seis turbinas.
*A repórter viajou a convite da Norte Energia
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