A EDP Energias do Brasil informou que a demanda no primeiro trimestre do ano para o mercado cativo ficou 4,8% menor do que o apurado no mesmo período do ano passado. Nessa mesma base, o trânsito de energia pela rede da empresa para o abastecimento do mercado livre apresentou recuo de 11,9%. Em ambos os casos, a queda de consumo é atribuída à situação econômica brasileira com a desaceleração da produção industrial. No total, a queda no volume de energia fornecida pelas distribuidoras, incluindo o montante que se destina ao mercado livre, recuou 7,5%.
No caso das vendas das distribuidoras da empresa, a Escelsa (ES) e a Bandeirante (SP), houve recuo pelo reajuste tarifário de 2015, a aplicação das bandeiras e ainda a RTE. A demanda nas classes residencial e comercial caíram 1,7% e 3,2%, respectivamente. Já o segmento industrial no ACR reduziu a demanda em 14,4% na mesma base de comparação, sendo que na concessionária do Espírito Santo a retração ficou em 9,3% e na de São Paulo em 16,9%. Na Escelsa a demanda total caiu 11,1% e na Bandeirante essa retração ficou em 4,7%.
O volume de energia vendida pela empresa nos três primeiros meses de 2016 alcançou 3.274 GWh um aumento de 42,1% em relação aos 2.305 GWh até março de 2015. O aumento, explicou a EDP em comunicado ao mercado, decorre da contabilização do volume de energia da UTE Pecém I a partir de maio de 2015, data em que começou a consolidar o ativo. Sem essa usina e considerando apenas a energia vendida da fonte hídrica pelo critério de consolidação o volume de energia teria queda de 16,3% por refletir a venda da Pantanal Energética, encerramento de contratos da Enerpeixe com a sobra de 31 MW médios que será usado como hedge da companhia e efeitos da sazonalização e operações de curto prazo realizadas em 2015.
A EDP apresentou uma exposição de 264 GWh com o GSF médio de 87,5% no primeiro trimestre do ano. Já no campo da comercialização o volume ficou estável passando de 2.514 GWh em 2015 para 2.556 GWh  neste ano.