O Global World Energy Council (GWEC) reportou um aumento de mais de 63 GW em capacidade instalada da fonte eólica em todo o mundo. O Brasil foi apontado como um dos destaques com a adição de 2,75 GW ou 4,3% desse total, com 1.373 turbinas em 111 parques eólicos, superando a marca de 2,5 GW instalados em 2014. Em termos globais o órgão registrou a adição de 51,7 GW em capacidade de geração eólica no ano de 2014.
De acordo com os dados do relatório do GWEC, o Brasil ficou em quarto lugar em crescimento de energia eólica no mundo, atrás de China que reportou 30,753 GW (48,5%), Estados Unidos com 8,598 GW de capacidade adicionada (13,5%) e Alemanha com 6,013 GW que representou 9,5% do total instalado. A Índia aparece logo atrás do Brasil com 2,623 GW, ou 4,1% do total de nova geração.
Já em termos de capacidade total o país ficou em 10º lugar no ranking com 8,715 GW o que representa 2% de todo o mundo. Novamente, o primeiro lugar fica com a China com 145,3 GW e 33,6% da capacidade mundial, Estados Unidos em segundo com 74,471 GW, que equivale a 17,2% e Alemanha com 44,947 GW, ou 10,4%. Aparecem ainda à frente do Brasil, Índia, Espanha, Reino Unido, Canadá, França e Itália.
Na avaliação da presidente executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica, Élbia Gannoum, o atual patamar de capacidade instalada do país é considerado um cenário muito bom, visto que essa é uma indústria relativamente nova no Brasil e que decolou nos últimos cinco anos devido ao desenvolvimento de uma cadeia produtiva local e eficiente que atendeu aos prazos estabelecidos pelo BNDES para a concessão do Finame. Segundo a sua projeção, o país deverá ultrapassar em breve a Itália, a nona colocada do ranking que encerrou 2015 com 8,958 GW. Isso, se já não ocorreu esse fato já que o Brasil registrou em março 9,2 GW em capacidade instalada total.
Até o final de 2016 o país deverá ter cerca de 11,7 GW em eólicas na matriz elétrica, um investimento de R$ 18 bilhões somente nesse ano.