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O único leilão de transmissão que a Agência Nacional de Energia Elétrica realizará neste ano acontece nesta quinta-feira, 17 de dezembro, começando às 9h na sede da B3, em meio às diferentes opiniões se deveria ser presencial ou não ante a pandemia de covid-19 que apresenta números crescentes. Diversas fontes ouvidas nos últimos dias apontam em comum que a perspectiva para esse certame é de alta competitividade já que é a única oportunidade do ano para a expansão do portfólio de projetos. Com isso, há uma possibilidade real de redução do retorno obtido pelas empresas quando comparado aos resultados nos últimos anos.

Uma das novidades deste ano é a de que os investidores que arrematarem um lote deverão compor a sociedade até que o ativo entre em operação comercial. Ou seja, não permite a venda do projeto antes de sua conclusão, o que deverá reduzir o número de investidores já classificados pelo setor como aventureiros.

Está no modelo regulatório do segmento de transmissão o mais forte contraponto às incertezas do mercado por conta da crise causada pela covid-19, que levou à retração do consumo, redução das perspectivas de consumo na revisão quadrimestral de carga para os próximos anos. Conforme lembram os agentes e a agência de classificação de risco Moody’s a remuneração pela disponibilidade de ativos e que não é afetada pelo volume, traz uma perspectiva de receita estável.

Apesar disso, alguns itens merecem atenção e podem influenciar o apetite dos investidores e o resultado do certame, seja para mais ou para menos. Separamos cinco deles citados por fontes ouvidas ao longo das últimas semanas:

1. Desvalorização cambial desde meados de 2019 até agora e seus efeitos sobre a capacidade dos investidores em atenuar a elevação dos preços de commodities, principalmente o alumínio e o valor do dólar ante o real;

2. Efeitos da alteração na estruturação financeira que teve custo real de capital de terceiros e custo real de capital próprio considerados para o cálculo da RAP foram reduzidos;

3. Capacidade de competição diante de desafios para projetos mais complexos que envolvem, por exemplo, ativos subterrâneos em grandes centros como os previstos em São Paulo;

4. A participação de empresas de menor porte para projetos com menor necessidade de investimentos; e a participação de grandes corporações como Engie, Cteep, Equatorial, Neoenergia entre outras neste que será o único leilão e ainda assim com menor número de lotes ante alguns leilões de maior porte como dos últimos dois anos;

5. E finalmente temos ainda a possível volta da Eletrobras nos leilões de transmissão após um hiato de seis anos afastada das disputas por conta de atrasos em obras. O presidente da estatal, Wilson Ferreira Junior, até sinalizou com a perspectiva de disputar o lote 11 deste certame.

As dúvidas começarão a ser respondidas a partir das 9h da manhã desta quinta-feira, 17, uma hora mais cedo do que normalmente ocorreu nos últimos anos. Aqui na Agência CanalEnergia traremos todas as informações do evento em nosso noticiário em tempo real.