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O acordo entre a Unipar e a Atlas Renewable Energy anunciado nesta semana coloca a produtora de cloro e soda a um passo de alcançar sua meta de ter 70% de seu consumo de energia originado de renováveis não hídrica. A companhia já havia fechado um primeiro contrato com a AES Brasil em setembro do ano passado. Com esse contrato para um parque solar de 239 MW no norte de Minas Gerais a empresa já alcançou 50% do consumo dessas duas fontes.

“Com mais um negócio que fecharmos é possível que alcançaremos o nosso objetivo. Estamos trabalhando e negociando para mais esse próximo acordo”, comentou o CEO da Unipar, Maurício Russomano à Agência CanalEnergia.

O acordo que formou uma joint venture entre as duas empresas representa cerca de 20% da demanda da Unipar, controladora da Carbocloro. A energia desse parque será destinada à unidade de Cubatão (SP), assim como ocorreu com o contrato junto à AES. Essa unidade, disse o executivo, está com cerca de 85% de sua energia já contratada nessas fontes. “O próximo acordo será destinado ao abastecimento da unidade de Santo André, na região metropolitana de São Paulo”, acrescentou ele.

A companhia, que foi a primeira empresa a fechar contrato no mercado livre brasileiro na virada do século, ainda não se definiu pela fonte para esse próximo negócio. Pode ser qualquer uma das duas, disse Russomano.

Escolha

A Atlas, comentou o CEO da Unipar, foi escolhida pelo timing e características do projeto, um destaque foi o de estar no submercado Sudeste/Centro-Oeste. A joint venture é formada 90% pela geradora e 10% pela produtora de cloro e soda. Contudo a energia é praticamente toda direcionada para atender a demanda da empresa consumidora.

O excedente, acrescentou o diretor geral da Atlas no Brasil, Luís Pita, deverá ser direcionada ao mercado livre seja no mercado spot ou algum contrato de menor porte. Mas isso, depende da sazonalidade. A usina deverá entregar na modalidade flat 40 MW médios à Unipar.

A planta a ser construída será composta de 500 mil módulos solares bifaciais com trackers. Os primeiros equipamentos para a construção começam a chegar já no terceiro trimestre deste ano e no ano que vem é prevista a operação comercial da planta. A obra deverá levar a uma contratação de 1200 pessoas no local. A meta da Atlas é de ter 15% dos trabalhadores do gênero feminino como uma forma de incentivar a igualdade.

Segundo Pita, esse é contrato que a empresa já vinha negociando para a ampliação de seu portfolio quando comemorou o o primeiro lugar em uma lista da BloombergNEF como a empresa que mais negociou PPAs corporativos na América Latina. Com mais esse contrato, a Atlas chega a um volume de acordos que soma 1,2 GW no Brasil. Na América Latina são 2,2 GW e um pipeline de projetos de 4 GW.