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O mês de outubro começa e as previsões de vazões para os quarto submercados do país estão abaixo da média. O melhor resultado estimado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico está no Sul com uma projeção de energia natural afluente de 93% da média de longo termo. De acordo com a primeira versão do PMO para o próximo mês, no Norte é estimado um volume de 65% da MLT, no Sudeste/Centro-Oeste, o maior do país em termos de armazenamento, a projeção é de 57% e no Nordeste de 44% da média histórica.
Segundo apresentação feita no primeiro dia da reunião do PMO, o efeito La Niña está praticamente caracterizado. A questão ainda a se verificar é a intensidade do fenômeno e seus impactos que deverão durar até o final do primeiro trimestre de 2022. A avaliação do ONS converge com a da Climatempo de que a primavera deverá ser mais favorável às chuvas em comparação com o verão.
Tanto que o ONS aponta que já é possível verificar um aumento da dispersão das precipitações no Norte do país nesse momento. Nesse período do ano a área coberta pela umidade deveria estar menor do que o verificado atualmente.
De acordo com estudo prospectivo do ONS, as vazões nas principais bacias do país permanecerão abaixo da MLT até o final do ano. A exceção está no rio Madeira, com vazões acima da média. No Sul, os valores obtidos apontam volumes próximos à linha média, sendo no rio Uruguai acima.
Pelo volume de armazenamentos para o final de outubro, que é conhecido como o último mês do período seco, a previsão é de aumento ante o volume desta sexta-feira apenas no Sul, passando de 30,9% para 35,6%. No SE/CO a estimativa é de chegar a 12,6%, no NE é de 26,1% e no Norte de 42,9%.
A partir do dia 14 de setembro o reservatório da UHE Ilha Solteira passou a operar com cotas inferiores à sua cota mínima operativa oficial, assim como o reservatório da UHE Três Irmãos, fato que ocorreu no dia seguinte. Acontece que o volume é considerado para a operação da hidrovia Tietê-Paraná, que está paralisada, contudo as usinas continuam operando, pois o volume de água nos reservatórios estavam em um patamar de cerca de 55% e de 30%, respectivamente.
O CMO médio para a primeira semana operativa de outubro é estimado em R$ 533,36/MWh para todos os submercados. Os valores entre a carga pesada e a média no Decomp estão com diferença de um centavo sendo o valor mais elevado em R$ 541,41/MWh e de R$ 524,52/MWh na leve.
Ainda ontem o ONS revelou que a projeção de carga para outubro é alta de 1,3% na comparação com o mesmo período do ano passado.
A previsão de despacho térmico é estimada em 12.185 MW médios, sendo a maior parte por ordem de mérito, com 6.193 MW médios e outros 5.992 MW médios por inflexibilidade. Contudo, é bom lembrar que desde outubro do ano passado o CMSE deliberou pelo despacho fora da ordem de mérito. Com isso, há o comando para que todos os recursos térmicos disponíveis sejam despachados, inclusive há em operação térmicas a óleo e a gás natural cujo CVU bate em R$ 2 mil por MWh, elevando o valor da ESS por segurança energética.