A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica decidiu arquivar 26 termos de intimação emitidos pela fiscalização em 2019, em razão do atraso na obras do Complexo Eólico Alto Sertão III (Fase A). A decisão atende a um recurso apresentado pela Renova Energia, responsável pelo empreendimento.

O projeto é composto pelas centrais  geradoras Abil, Acácia, Angico, Folha de Serra, Jabuticaba, Jacarandá do Cerrado, Taboquinha, Tábua, Vaqueta, Amescla, Angelim, Barbatimão, Cedro, Facheio, Imburana Macho, Jataí, Juazeiro, Manineiro, Pau D’Água, Sabiu, São Salvador, Umbuzeiro, Vellozia, Mulungu, Pau Santo e Quina.

A Aneel afastou a aplicação da penalidade de suspensão temporária do direito da Renova de contratar ou participar de licitações promovidas pela agência e determinou à fiscalização uma nova análise da aplicação das penalidades previstas nos editais dos leilões de reserva de 2013 e 2014, em decorrência do atraso na conclusão dos projetos.

A empresa, que está em recuperação judicial, informou em nota que o complexo eólico composto por 26 projetos localizados nos municípios baianos de Caetité, Igaporã, Pindaí, Licínio de Almeida, Riacho de Santana e Guanambi deve começar a operar no início de outubro. O parque de 432,7 MW tem 155 aerogeradores no total, e conta com quatro subestações e 208 km de linhas de transmissão. O projeto, segundo a empresa, será um dos dez maiores da América Latina.

O CEO da companhia, Marcelo Milliet concedeu entrevista para a Agência CanalEnergia em 21 de setembro quando contou sobre os planos da companhia após deixar a fonte hídrica. O executivo lembrou que Alto Sertão III deverá gerar ebitda de cerca de R$ 250 milhões e será fundamental para a operação e investimentos futuros da empresa.