A primeira atualização do ano de 2022 acerca da expansão da geração aponta um incremento de 237,39 MW na matriz elétrica nacional. Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica, esse volume refere-se a 11 parques eólicos no Nordeste, autorizados na primeira metade de janeiro. A maior parte desse volume ou 130,43 MW está alocada no mercado regulado e os quase 107 MW restantes no ACL.

Para este ano estão previstos ainda 7.388 MW em novas usinas, representando um potencial total de mais de 7.600 MW se todas forem confirmadas. A maior parte é da fonte solar com 3,1 GW, seguida pela eólica com quase 2 GW e depois a térmica com 1,3 GW.

Apesar deste volume esperado para o ano representar o maior acréscimo da matriz brasileira desde 2016, quando o país teve 9,5 GW em novas usinas, ainda está em um patamar bem mais do que o previsto nos próximos anos.

De acordo com os dados da Aneel, em 2023 estão projetados para fazer parte da matriz elétrica nacional mais de 12,6 GW, em 2024 serão mais 8,1 GW, em 2025 7,6 GW e em 2026 quase 13 GW em novas usinas. Só em 2027 que a expansão ainda registra menos capacidade contratada até o momento, com 2,9 GW. Sem previsão há 4 GW.

Vale lembrar que em 2021 foram 7.562 MW adicionados à matriz brasileira, um volume 57,8% a mais do que estabelecido como meta no início de janeiro. Muito em função da crise hídrica e do esforço de empreendedores em antecipar a operação comercial de seus projetos como forma de combate àquele cenário de escassez hídrica acentuado a partir de junho de 2021.