A segunda revisão semanal do Programa Mensal de Operação de março aponta estabilidade em relação às projeções da semana passada. A expectativa é de que a carga apresente elevação de 2% na comparação com o mesmo período do ano passado, mesmo índice da versão anterior. Enquanto isso, as vazões devem apresentar um índice equivalente ao que foi apresentado sete dias atrás.

Para o maior submercado do Sistema Interligado Nacional, o Sudeste/Centro-Oeste, a expectativa é de que a Energia Natural Afluente (ENA) fique em 74% da média de longo termo. No Sul o índice aumentou para 70% da MLT, já nos dois outros submercados, os valores continuam acima da média. No Nordeste é de 124% e no Norte em 114% da média histórica. Esses dados são estimados para o fechamento do mês.

Em termos de carga a expansão de 2%, se confirmada deverá ser de 74.205 MW médios. Esse volume é o resultado do crescimento de 3,4% no NE, de 1,6% no SE/CO e de 3,5% no Sul. No Norte está a única queda, de 1,4%.

O nível dos reservatórios continua a subir em todas as regiões, quando comparado ao reportado nesta sexta-feira, 11 de março, até o dia 31. No SE/CO a expectativa é de que o volume seja de 62,7%, no Sul está o menor volume entre as quatro regiões, com 35,7%. Nos outros dois o volume está acima de 90%, sendo 92,6% no Nordeste e de 98,8% no Norte do país.

Apesar disso, o custo marginal de operação médio aumentou no SE/CO e Sul, os dois únicos que o modelo Decomp calcula valores. Enquanto no Norte e NE continuam zerados, os demais estão com CMO médio de R$ 13,20/MWh, a carga pesada a R$ 13,53, a média a R$ 13,42 e a leve a R$ 12,90/MWh.

Caso não houvesse a determinação do CMSE de despacho fora da ordem de mérito para o combate à escassez hídrica de 2021 o despacho térmico seria de 3.328 MW médios, a maior parte, ou 3.310 MW médios por inflexibilidade e 18 MW médios por restrição elétrica. Na última quarta-feira, 9 de março, o comitê deliberou pela manutenção do despacho de até 8 GW médios para atendimento ao Sul.

Já a meteorologia registrou que na semana encerrada nesta sexta, os maiores totais de precipitação ficaram restritos às regiões Sul e Norte do Brasil. Na primeira ocorreu chuva fraca nas bacias dos rios Jacuí, Uruguai, Iguaçu, Paranapanema e na incremental a UHE Itaipu. Na segunda houve pancadas de chuva no decorrer da semana.

Para os próximos sete dias deverá ocorrer chuva fraca nas bacias dos rios Uruguai, Iguaçu, Paranapanema, Tietê, Paraíba do Sul, na incremental a UHE Itaipu e em pontos isolados do Grande, do Paranaíba e do trecho montante a UHE Três Marias. Para o final da semana é esperado chuva fraca nas bacias dos rios Jacuí e Uruguai. Já nas bacias hidrográficas da região Norte permanece a condição de pancadas de chuva.