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A FazSol é a primeira iniciativa da japonesa Shizen Energia no Brasil, mas não deve ser a única. A atuação na fonte solar, que é a modalidade na qual a empresa tem investido por aqui, é a porta de entrada do grupo fundado em 2011. As pretensões são de aumentar sua presença do lado de cá do planeta, incluindo na lista, aportes em eólica offshore.

E a empresa que chegou ao país em 2018, inclusive, fala português com um leve sotaque bahiano. O country manager da Shizen no Brasil, Bruno Suzart, voltou ao país e passou a liderar a empresa preparando o terreno para que a companhia possa consolidar sua presença local.

Em princípio, disse ele, o foco está na geração solar para conhecer o ambiente de negócios no país, como o mercado atua e comprovar que operar no Brasil, apesar de margens baixas, é rentável. O próximo passo e que não está longe, é o de desenvolver projetos de geração eólica offshore. Para isso, conta com a expertise da equipe da própria empresa que já desenvolveu parques no oriente. “Temos uma das poucas equipes com experiência nesse segmento de geração”, comentou ele.

A ideia inicial é a de atender clientes que a Shizen já possui em seu país de origem e que atuam por aqui. Suzart explicou que esses consumidores estão em busca de fontes de geração renovável em decorrência da lei japonesa que estabelece ser carbono neutro até 2050. “Temos um nível de comprometimento de longo prazo no Brasil, do ponto de vista de segurança climática o país está sob os holofotes, então faz sentido estarmos aqui”, disse o executivo.

Mas para chegar ao ponto que está, a FazSol teve que provar aos investidores que o país era viável. Com um modelo onde investe, faz o EPC e opera os empreendimentos fechou a venda de alguns dos primeiros ativos à GreenYellow e, mais recentemente, assinou acordo com a Órigo Energia para 17 projetos em geração distribuída.

Até 2024 a meta é a de ter efetivado o desenvolvimento de cerca de 200 MW. “Ainda faltam 55 MW”, calculou o executivo que diz ser viável esse objetivo da empresa.

O passo de maior abrangência é na eólica offshore. Para avançar, a companhia já prevê um tempo de desenvolvimento de dois anos e meio a três anos. “Nossa ideia é de quando chegar a época de um leilão específico ou de autorização de investimentos, estarmos prontos”, apontou ele ao citar ainda que a Shizen avalia três grandes regiões, no Sul, Norte do Rio de Janeiro ao sul do Espírito Santo e, claro, a região Nordeste, que segundo ele tem o maior potencial offshsore no mundo.

“Para investimentos em hidrogênio verde faz sentido, uma vez que os clientes japoneses devem demandar mais desse produto já que por lá é melhor do que as baterias de lítio, pois é um país frio, com temperaturas que não trazem eficiência a esses dispositivos”, disse.

A Shizen tem cerca de 1,3 GW em ativos nesse mesmo modelo que é replicado no Brasil. Por aqui atua por meio da FazSol, subsidiária formada em parceria com a Espaço Y uma holding brasileira, que atua no segmento de construção civil (construção e locação), call center, manutenção predial e energia renovável.