A CPFL Energia segue avaliando os lotes que serão colocados em disputa no leilão de transmissão no próximo mês de junho. O foco da empresa, apesar de ter adquirido no ano passado a divisão de transmissão da gaúcha CEEE, é a de manter a estratégia de disputar aqueles projetos que tem alguma relação com seus ativos de distribuição, que chamam de lotes de nicho.
Segundo o CEO da empresa, Gustavo Estrella, a expectativa é de que seja verificada a continuidade das disputas acirradas com altos deságios, assim como foi no ano passado. E entre as preocupações da empresa está na questão do recente aumento de custos por conta da alta de preços das commodities e também com a disponibilidade de mão de obra.
“O cenário de competição continuará pressionando preços apesar da mudança grande no cenário de construção desses ativos nos últimos 12 a 18 meses”, afirmou ele em teleconferência de resultados do primeiro trimestre da empresa. “Os custos estão em um patamar diferente agora”, definiu.
O executivo afirmou que apesar desse cenário, continuará a privilegiar sua estratégia de disciplina financeira e métricas de retorno do investimento ao acionista.
Esse mesmo ponto já havia sido reportado nessa semana por outra tradicional empresa do setor, a Alupar. A companhia apontou o aumento dos custos, mas avaliou que a competição deveria manter os deságios por lotes negociados em um patamar elevado.