O ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, vai se reunir com cada ministro a partir de terça-feira, 10 de janeiro, para receber sugestões de prioridades e de ações que podem e devem ser tratadas como metas dos 100 primeiros dias de governo. Costa anunciou em entrevista nesta sexta-feira, 6 de janeiro, após a primeira reunião ministerial do governo Lula, que será feito um esforço concentrado para que as nomeações das equipes dos ministérios sejam concluídas até o fim do mês.
O próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva tinha dito durante a reunião que é possível que até o dia 24 todo o governo já tenha sido montado. Lula afirmou não ter vergonha montar uma gestão com “gente da política muito competente” e “gente técnica muito competente”. E mais, “Eu não faço distinção e não quero criminalizar a política. Todo mundo sabe da nossa responsabilidade. Todo mundo sabe que a nossa obrigação é fazer as coisas corretas”, disse, completando que “quem fizer errado, sabe que tem só tem um jeito: a pessoa será simplesmente, da forma mais educada possível, convidada a deixar o governo.”
Por sua vez, Costa reforçou que serão nomeadas pessoas com conhecimento técnico e capacidade de articulação com o Congresso Nacional. A composição das equipes vai ser coordenada pelo ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e pela Casa Civil. No setor elétrico, esse ponto é fundamental diante dos diversos projetos que estão nas casas, entre eles o PL 414, que trata da modernização, os marcos regulatórios da eólica offshore e do hidrogênio verde, entre outros.
A intenção de mesclar políticos e técnicos na equipe já tinha sido apontada pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Durante a transmissão de cargo no MME, ele defendeu a escolha de políticos, mas também disse que precisaria de profissionais com conhecimento técnico aprofundado.
No encontro de hoje com os 37 integrantes do ministério e os líderes do governo na Câmara, no Senado e no Congresso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixou claro que vai cobrar um ritmo acelerado de entregas dos programas de governo.
“Nós vamos priorizar essas ações e, portanto, dar uma sequência já de atos concretos, de retomada de programas como o Minha Casa Minha Vida e ações concretas na Educação, como a entrega, ainda no primeiro semestre, de escolas e creches que estão paralisadas”, detalhou o chefe da Casa Civil.
Costa explicou que a ideia é hierarquizar as obras de acordo com o percentual de execução, partindo das mais adiantadas para que se consiga fazer as entregas o mais rápido possível.
Lula quer estabelecer as metas de mais curto prazo ainda em janeiro, antes da viagem à Argentina, primeiro país que pretende visitar. Ele vai viajar primeiro para dois estados, ainda não definidos, para lançar programas prioritários. A lista das prioridades será apresentada pela Casa Civil em duas semanas, segundo o ministro.